Portal Caparaó - Dr. Werverton Verdan: do TEA à cura da enxaqueca
Geral

Dr. Werverton Verdan: do TEA à cura da enxaqueca

08/12/2023 - Atualizado em 08/12/2023 21h22

MANHUAÇU (MG) - Weverton Verdan nasceu em Manhuaçu, em 1998, é filho do Sargento Verdan, da PMMG, e  de Zileide. Desde pequeno, ele demonstrou interesse pela ciência e pela medicina. Aos 10 anos, ele já sabia que queria ser médico.

Weverton foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 4 anos de idade. O autismo é uma condição neurodesenvolvimental que pode causar dificuldades na comunicação e na interação social.

Embora o diagnóstico, Weverton sempre foi um aluno dedicado e estudioso. Ele se destacou no colégio Tiradentes, em Manhuaçu, onde estudou. Aos 16 anos, passou no vestibular de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV).

“Ele sempre se destacou nos estudos, principalmente na matemática, onde conquistou várias medalhas nas Olimpíadas Brasileira de Matemática, sendo homenageado pela Câmara dos Vereadores de Manhuaçu, na época”, disse Sargento Verdan.

Na UFJF, Weverton se destacou novamente. Ele sempre teve boas notas e demonstrava facilidade com o curso.

Ainda durante a faculdade Weverton se interessou por estudar sobre a enxaqueca - doença neurológica que causa fortes dores de cabeça, náusea, vômito e sensibilidade à luz e ao som.

Em seus estudos durante a faculdade e também após se formar, Weverton foi capaz de identificar a causa da enxaqueca e conta que é muito semelhante às origens da fibromialgia.

Essa descoberta permitiu que Weverton desenvolvesse um protocolo de tratamento capaz de atuar na causa da enxaqueca e também na fibromialgia, trazendo grande melhora na qualidade de vida de muitas pessoas com diagnóstico dessas doenças.

A descoberta é uma esperança para milhões de pessoas que sofrem com dores devido a essas doenças. Ele é um exemplo de que as pessoas com TEA podem alcançar grandes feitos.

A importância da inclusão

A história de Weverton Verdan é um exemplo da importância da inclusão. Weverton teve a oportunidade de estudar e se desenvolver graças ao apoio de sua família, de seus professores e da sociedade.

Para o médico, a sua maior barreira foi a socialização com as pessoas. “Devido a minha condição de autista, eu tenho dificuldade na situação de contexto social e me relacionar socialmente com as pessoas e por isso optei pela medicina para me socializar com as pessoas e aprimorar meu conhecimento”, explica Dr. Weverton Verdan.

A inclusão é um direito fundamental de todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas ou mentais. Ela permite que as pessoas com deficiência realizem seus sonhos e contribuam para a sociedade.

Além de Weverton, o casal Verdan e Zileide, possuem outro filho, o Washington, que também acaba de passar no vestibular e se prepara para iniciar o curso de medicina.

Jailton Pereira - Portal Caparaó

O Portal Caparaó não se responsabiliza por qualquer comentário expresso no site ou através de qualquer outro meio, produzido através de redes sociais ou mensagens. O Portal Caparaó se reserva o direito de eliminar os comentários que considere inadequados ou ofensivos, provenientes de fontes distintas. As opiniões são de responsabilidade de seus autores.