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Segurança

Filho mata o pai com "pé-de-cabra" em Caratinga

20/09/2009 - Atualizado em 22/09/2009 22h04

Luciano Souza de Oliveira, 23 anos, matou o pai, o aposentado Ires Martins de Oliveira, de 63 anos, com um golpe de “pé de cabra”, na noite deste sábado, no bairro Esplanada, em Caratinga. Ele confessou o crime e afirmou que cansou de ver a mãe ser agredida.

O Corpo de Bombeiros Voluntários de Caratinga foi acionado para socorrer o aposentado. Ele foi ferido na cabeça com um golpe de “pé de cabra”, utensílio de ferro utilizado para arrancar pregos e abrir caixas de madeira. Em seguida, a Polícia Militar chegou e prendeu o filho, Luciano Souza de Oliveira, de 23 anos.

Luciano confessou o crime, ainda nervoso e um pouco abalado. Ele justificou o ato contando que seu pai frequentemente agredia a sua mãe, Maria das Graças de Souza. “Eu havia avisado que em uma próxima agressão, acertaria as contas com ele”, contou. E foi justamente o que ele fez na noite deste último sábado.

De acordo com Luciano, ao chegar em casa, viu a porta da casa da mãe quebrada e sua namorada informou que a mãe teria sido agredida mais uma vez. Luciano conta que o rosto da mãe estava inchado dos socos e tapas que havia levado do marido.

Revoltado, Luciano pegou o pé de cabra e saiu à procura do pai pela rua. O aposentado estava dentro de um bar, mas segundo Luciano algumas pessoas tentaram negar que o pai estivesse no local. Ele insistiu. De repente, o pai saiu para a rua, quando então eles começaram a brigar. O golpe fatal foi dado nesse momento.

Ires ficou caído na rua até que chegou uma viatura do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caratinga e prestou os primeiros socorros. Ele morreu no pronto atendimento. Luciano ainda tentou se esconder, mas foi encontrado pela Polícia Militar.

De acordo com sargento Edmar Mendes, o rapaz não esboçou reação diante da prisão e, em seguida, levou a equipe policial até a arma utilizada no crime. Em seguida, Luciano levou a Polícia até a casa do pai, onde foi encontrado um revólver calibre 22, juntamente com uma caixa de munição. Luciano destacou que o pai havia lhe ameaçado de morte, quando na última agressão teria afirmado que denunciaria o crime para a Polícia.

O rapaz foi encaminhado para a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Indagado sobre seu relacionamento com o pai, Luciano destacou que nunca tiveram relação de pai e filho. Ele afirmou que o pai não esboçava qualquer carinho e atenção à família e que agredia constantemente a mãe.

Segundo o filho, em uma das agressões sua mãe já havia sido levada ao PAM, vítima de um derrame e que o pai, certa vez, havia sido preso, mas diante do pagamento de fiança ele ganhou a liberdade e manteve as agressões.

Indagado sobre um possível arrependimento por ser filho da vítima, Luciano foi categórico. “Não me arrependo não, ele merecia morrer. Homem que bate em mulher não pode viver”, finalizou. TV Super Canal - 20/09/09 - 10:21 

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