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Areado não quer receber sede da APAC

21/09/2009 - Atualizado em 22/09/2009 22h10

Dispostos a apresentar o que seria o método Apac, que poderá ser implantado no Distrito do Areado, a Presidente da Câmara, Alzira Machado e os vereadores da base aliada do prefeito, decidiram no último dia 16 de setembro, dia da sessão ordinária, realizar uma sessão pública de apresentação de como funciona a Apac e seus benefícios para a ressocialização dos presos na sociedade.

A iniciativa partiu depois da aprovação de um projeto de permuta de um terreno afastado da localidade por um mais próximo do distrito, e na troca dos imóveis estava à pretensão da construção da Apac, numa área de 11 mil metros quadrados e mais quatro mil metros para construção de quadra de esporte, creche e outras reivindicações.

Manifestação

Mas a iniciativa foi abortada com uma manifestação aparentemente planejada e inusitada, pois os moradores revoltosos acompanharam apenas o discurso do representante do Ministério Público, que deu ênfase como que é o método Apac e seu trabalho diferenciado de um presídio convencional, lembrando os comentários maldosos de que a Apac é um presídio, o que não é verdade, pois os presos primeiro são levados para delegacia, ficam no presídio convencional e só depois de uma avaliação aprofundada do comportamento do detento e seus riscos a sociedade que ele é encaminhado para a Apac.

Na ocasião Dr. Madson Mouta, simplificou explicando que existem problemas isolados onde um familiar acaba cometendo um crime, um deslize e indo preso, mas nem por isso as famílias são consideradas erradas, pois são humanas e buscam uma oportunidade, na sua maioria, para aquele parente seja absolvido do que fez, e é este o objetivo da Apac, cuidar dos presidiários locais, pois a Apac tem por objetivo aproximar o detento de sua família, considereou.

Depois da apresentação do Ministério Público, tentou falar do projeto o Presidente da Associação de Proteção e Assistência ao  Condenado (APAC), senhor Amós, que foi vaiado e ficou praticamente impedido de falar sobre o projeto Apac.

O representante dos manifestantes, Dejair Afonso Neves,  falou em nome da comunidade e disse claramente que é contra a construção da Apac, e portanto deixou claro que a comunidade não quer a unidade apaquiana e sim obras. O representante dos manifestantes ainda criticou a forma como o projeto de permuta foi aprovado na Câmara, considerando uma falta de respeito para com a comunidade.

A importância da Apac

Indiferente de aceitar a construção da Apac ou não, faltou uma consciência humana daqueles que induziram os manifestantes ao boicote da sessão pública, para que pudessem pelo menos conhecer como funciona o trabalho voluntário de uma Apac e sua importância para a sociedade.

Segundo informações os recursos para construção da Apac já estão garantidos, serão gastos entre 200 e 400 mil reais, para construção da unidade em Lajinha.

Antonio José - 21/09/09 - 12:45 - portalcaparao@gmail.com

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