Flávio Canela é espancado e morre em Manhuaçu

De acordo com o delegado Getúlio Lacerda, na noite que antecedeu o crime, Flávio Canela deu quatro entradas na 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil. “Na primeira, ele teria ameaçado um menor. Depois se envolveu numa briga, ameaçando mais pessoas. Nas outras ocorrências foram apreendidos com ele dois facões. Todos estes registros, em tese, são considerados de menor potencial. Então, Flávio Canela foi liberado conforme determina a Lei”, justificou o delgado, informando que foi notado que Flávio aparentava estar drogado. “Também era sabido de sua participação com o tráfico de drogas”, complementou Lacerda.

CINCO SUSPEITOS

Na tarde de ontem, a Polícia Civil prendeu cinco pessoas acusadas de participação neste homicídio. “Prendemos Marco Aurélio Machado, vulgo “Alemão”; sua companheira Ana Carolina dos Santos, conhecida como “Carol”; Wesley Gregório dos Santos Silva, o “Fuscão”; Claudinei Gregório da Silva, o “Dinei”; e Geudes de Jesus, divulgou o delegado.

A PC falou sobre a participação dos suspeitos. “Eles armaram uma tocaia. Carol foi vista conversando com a vítima minutos antes de ela ser agredida. Fuscão é irmão do menor que teria sido ameaçado por Flávio Canela. Dinei, preso albergado na Cadeia Pública de Manhuaçu e parente de uma pessoa que também foi ameaçada, ficou vigiando um dos becos para avisar o momento em que Flávio passasse. Temos informações de que Bigu estava jurado de morte por Canela”, descreveu o delegado, acrescentando que a PC investiga outro envolvido. “Seria o sexto elemento. No momento não podemos revelar o seu nome para não atrapalhar as investigações. Mas vamos pedir sua prisão preventiva”, avisou Lacerda.

Dr. Getúlio ressaltou que tanto a vítima, quanto os acusados já tem passagens pela Polícia. “Com exceção da Coral, os demais já tiveram seus nomes incluídos em registros policiais, geralmente com algum tipo de ligação ao tráfico de drogas”, observou.

PEDRAS E PEDAÇOS DE MADEIRAS

Segundo apurou a PC, Flávio Canela teria sido agredido com pedras e pedaços de madeira (caibros), além de um cabo de machado. “Pela forma em que aconteceu o crime ficou explicitada a vontade de matar. Apuramos que um dos envolvidos chegou a comentar na hora da agressão: “Você agora vai ser bandido em outra vida””, revelou o delegado, dizendo que as pessoas, atualmente, não sentem nenhuma compaixão. “Mas este é um dos finais para quem decide entrar para o mundo das drogas. O outro é a prisão”, destacou Dr. Getúlio.

O delegado afirmou que este foi mais um crime esclarecido pela PC. Ele elogiou o trabalho da equipe formada pelos agentes Fabiano, Miriam, Júnior, José Eustáquio Spaladori, Reinaldo Rodrigues e Ivo. “Não posso deixar de citar o policial civil Hernesto Francisco da Silva, que está momentaneamente responsável pela Inspetoria. Destaco ainda o trabalho preliminar feito pelos militares sargento Livio, cabo Evandro e soldado Reginaldo”, enalteceu Dr. Getúlio Lacerda.

Diário de Manhuaçu - 20/10/09 - 08:01 - portalcaparao@gmail.com