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Manhuaçu 132 anos: a história do primeiro bandeirante

05/11/2009 - Atualizado em 07/11/2009 11h00

A história oficial da emancipação de Manhuaçu começa em 1877 quando o pequeno povoamento de São Simão (atual Simonésia) foi elevado como sede do município. Em pouco mais de um ano, São Lourenço do Manhuaçu assumiu a condição, ganhou sua paróquia e foi organizando as estruturas que permitiram o funcionamento administrativo do novo município.

Em recentes pesquisas, o escritor Jose Olinto Xavier da Gama (autor do livro Rio Manhuaçu) abriu novas discussões sobre a descoberta da região de Manhuaçu e a fundação das primeiras povoações.

O bandeirante Pedro Bueno Cacunda partiu de Taubaté em 1700 e dirigiu-se a Ouro Preto e Mariana. Depois deslocou-se para o sertão de Cataguases, também nas Minas Gerais. Comprou terras e construiu sua casa, que se torna o seu ponto de partida para as explorações.

A notícia de que havia ouro nos ribeiros próximos à costa levam o bandeirante de espírito aventureiro a vender suas propriedades e a organizar uma bandeira que desceu o Rio Doce.

Chega então à Capitania do Espírito Santo, onde encontra outro explorador, Domingos Luiz Cabral, que informa da existência de ribeiros com ouro em abundância no Rio Mayguaçu, em Manhuaçu (MG).

O argumento do escritor são as cartas escritas por Pedro Bueno Cacunda relatando as dificuldades e as características da região. Os documentos encaminhados ao Rei de Portugal entre 1.705 e 1735 contam detalhes do relevo e dos rios que indicam o rio Manhuaçu, a Serra do Caparaó e o rio José Pedro. As cartas fazem parte do acervo do Arquivo Ultramarinho em Portugal e foram copiadas pelo Governo do Espírito Santo.

José Olinto defende que as circunstâncias da época barraram a exploração da região de Manhuaçu durante mais de 150 anos. Para ele, a Coroa Portuguesa não tinha condições de controlar as minas em Ouro Preto e Mariana e no Vale do Manhuaçu.

O escritor também destaca que Castelo atribui sua fundação a Cacunda e registra com importância a presença do bandeirante. Gama só lamenta que esse capítulo da história tenha sido esquecido em Manhuaçu.

Carlos Henrique Cruz - 05/11/-0 - 00:11 - portalcaparao@gmail.com

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