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Política

Bairro Sagrada Face, em Realeza

01/07/2007 - Atualizado em 04/07/2007 22h32
O drama dos moradores do bairro Sagrada Face em Realeza teve um capitulo decisivo esta semana. A Secretaria de Patrimônio da União sinalizou positivamente em audiência pública na terça-feira. O terreno do antigo DNER será oferecido para a construção das novas moradias das famílias afetadas pelo deslocamento da encosta.   Em reunião durante a terça-feira, os moradores e o vereador Jânio Sérvio Mendes acompanharam todo o procedimento que será adotado para a transferência da área para os moradores. As 22 famílias terão locais para construção de suas novas moradias.

Quem passa pela estrada nota um grande desaterro e algumas canaletas. É preciso ir mais perto para entender a dimensão do problema. “Desde 2003, rachaduras enormes cortam a montanha de um lado ao outro indicando que o terreno se deslocou. Hoje, restam apenas imagens na lembrança e alguns entulhos e paredes trincadas das antigas casas. Duas ruas inteiras do bairro não existem mais”, aponta o vereador.

SOLUÇÃO

Jânio Sérvio Mendes diz que a luta por causa do bairro Sagrada Face é diária. Ele explica que há quinze dias esteve em Brasília (DF) com o Deputado João Magalhães. “Conversamos no Ministério do Planejamento e conseguimos a audiência. Estivemos depois com o Dr. Rogério Aranha e ele já viabilizou a liberação do terreno. Muitas pessoas não estão acompanhando tão de perto, mas aquele local é motivo de preocupação e atenção minha o tempo todo”, explica o vereador.

Sobre a construção das casas, o vereador já esteve com o Secretário de Estado da Casa Civil Danilo de Castro. “Ele me encaminhou ao Coronel James, da Defesa Civil Estadual, e estamos entrando em entendimentos para que uma verba seja liberada para a construção. Lógico que essa etapa só poderá ser efetivada depois que o terreno seja transferido pela União”, explica o vereador.

Além de conseguir a liberação da área para as famílias atingidas pelo deslocamento da encosta, o vereador ainda conseguiu que os moradores das casas atuais, no terreno do DNIT, sejam contemplados com a regularização de seus imóveis. Apesar de morarem há cinqüenta anos nas casas, só agora é que serão donos dos locais.

Sobre o bairro Sagrada Face, Jânio Sérvio explica que o caso continua na Justiça. A comunidade reclama da obra que foi feita e questiona a segurança das casas acima do terreno e na parte inferior das duas rodovias federais. As canaletas estão todas quebradas. “Nosso medo é para onde a água está indo. Ela entra nessas valas e não sabemos como vai se comportar o terreno mais”, fala o vereador.

Os moradores das 22 casas condenadas foram instalados em moradias alugadas pela Prefeitura de Manhuaçu.

Carlos Henrique Cruz - 02/07/07 - 11:01

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