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Tempestade provoca estragos em toda cidade

15/12/2009

O temporal que atingiu Manhuaçu e região no final da tarde desta segunda-feira, 14, assustou a população e deixou a cidade em estado de alerta. Em todos os bairros, lama, sujeira e destruição. Casas e lojas foram inundadas pela enxurrada. Carros foram empurrados pela força das águas. Os prejuízos foram muitos e o medo de uma nova enchente assombrou as populações ribeirinhas.

Por volta de 18 horas, começou a chover forte na cidade de Manhuaçu. O histórico dos últimos dias também preocupava: uma semana antes uma enchente inundou ruas, casas e lojas. Na madrugada desta segunda, uma tempestade com rajadas fortes de vento, raios e trovões assustou a cidade, carregou lama para ruas mais baixas e entupiu alguns bueiros. A nova chuva foi concentrada num intervalo de pouco mais de uma hora. Com tanta chuva e um sistema de escoamento precário, o resultado foi imediato: diversas ruas inundadas.

INUNDAÇÕES

“Na hora da chuva na praça, dava para sair de canoa pelo calçadão”, ironiza um dos jovens que assistiu atônito as Praça Cinco de Novembro ser inundada. Os dois bueiros, em frente ao banco Itaú, não deram conta de tanta água. “Chovia mais do que a vazão dos bueiros”, opinou. Em poucos minutos, a água formava uma lâmina na pista e invadiu parte do calçadão. Algumas sacolas de lixo boiavam enquanto pedestres se arriscavam para atravessar sem se molhar pelas ondas dos carros passando.

O centro da cidade resume o que aconteceu em várias ruas e nos mais diversos bairros. “Tivemos chamados do Bom Jardim, Coqueiro, Centro, Baixada, Alfa-sul e Ponte da Aldeia. Foram muitas ocorrências de casas inundadas, ruas com água e enxurrada forte”, explicou a equipe do Corpo de Bombeiros no plantão do pelotão de Manhuaçu.

ENXURRADA

Em todos os bairros, a forte enxurrada arrancou calçamentos de bloquetes e asfalto. A correnteza levou muita sujeira, lama e pedras para dentro de casas e garagens. A força das águas ainda derrubou barrancos, abriu crateras e buracos.

Galerias que passam debaixo de prédios e ruas estouraram com a quantidade e a pressão da água. Pequenos córregos transbordaram.

CHEIA DE NOVO

A maior conseqüência da forte chuva em pouco tempo foi a cheia do rio Manhuaçu. Como o volume foi maior que o escoamento, as águas não tiveram outra opção. Estrangulado pelas construções, o rio inundou garagens, quintais e porões.

Muitos moradores retiraram móveis e lojistas esvaziaram seus comércios. Todos, ainda assustados com a enchente da semana passada, resolveram se precaver ante a possibilidade de novas chuvas.

O rio chegou ao limite. Em vários pontos da cidade, as águas ameaçaram ganhar as ruas. Na Ponte da Rua Luís Cerqueira, no Centro, a mais baixa da cidade, a água atingiu a laje debaixo, mas não chegou à pista e calçadas.

Moradores passaram a noite vigiando o leito do rio. Alguns ficaram até tarde pensando se deveriam retirar móveis de lojas e casas.

Felizmente, por volta de 22 horas, o céu começou a abrir. Pouco mais tarde, o rio não mostrava fôlego para crescer mais. O susto passou, mas o drama das enchentes continua cada vez mais freqüente.

Carlos Henrique / Jailton Pereira - 05:30 - portalcaparao@gmail.com

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