MANHUAÇU (MG) - Mais uma vez, a COORPOL, cooperativa fairtrade da Agricultura Familiar com certificação internacional em cafeicultura orgânica, efetivou a exportação de cafés orgânicos produzidos em Manhuaçu e acolheu a visita de europeus em sua sede, no distrito de São Sebastião do Sacramento.
Após a recente visita de suíços, agora foi a vez dos alemães. No decorrer desta semana, eles foram recebidos pelo Presidente da COORPOL, Flânio Alves da Silva, membros da Diretoria e equipe, que os acompanharam em visitas às lavouras de cooperados nas comunidades rurais.
Na cooperativa, eles fizeram a degustação e a classificação de grãos, além da aquisição de cafés orgânicos e especiais.
Sobre este momento especial, em que a COORPOL apresenta a excelência da qualidade do café orgânico, aqui produzido, para o mundo, o Tesoureiro da Cooperativa, Jackson Luiz de Oliveira, destaca que é ‘Com grande alegria que recebemos um grupo de compradores de café orgânico na Cooperativa. Eles fecharam o negócio e provaram os cafés que eles levarão até as suas torrefações na Alemanha. É muito bom para a cooperativa, que está expandindo cada vez mais seus negócios e procurando cada vez mais ajudar os produtores’.
Esteban Lopera, um dos integrantes desta comitiva, elogiou a qualidade dos cafés. ‘Estamos aqui na COORPOL, que possui um café orgânico bom. Vamos comprar café para exportar para a Alemanha e distribuir para a Europa. Estamos gostando muito da região. Tobias Mehrländer é um cliente nosso e representa uma torradora de café da Alemanha. Esta região é um lugar de bom clima, bom sol e boa natureza. É muito, muito bonito’, afirmou.
Considerada como ‘Embaixadora da COORPOL’, Alessandra Marcellino, responsável pela internacionalização da cooperativa, especialmente na Europa, mencionou que ‘Fizemos primeiramente pesquisa de mercado junto com os café da COORPOL e que tipos de clientes poderíamos abordar pela qualidade do grão que a cooperativa gostaria de fornecer ao mercado internacional. Esse trabalho iniciou-se em outubro de 2024, período em que fomos em algumas feiras internacionais, como a Sial, em Paris, uma das maiores do mundo, buscar justamente esse perfil e entender melhor esse comprador que estaria disposto a pagar pela qualidade dos cafés da COORPOL’, pontuou.
Alessandra ressaltou que, em sua atuação junto ao mercado europeu, ela sempre evidencia todo o contexto social da agricultura familiar que faz parte da realidade dos cafeicultores da COORPOL. ‘Na internacionalização, diferentemente do ocorre com a exportação, trabalhamos o nome da COORPOL. Então, em todo momento, junto aos compradores, explicamos como é a cooperativa, os projetos sociais, o dia-a-dia de uma cooperativa e a importância desse apoio internacional. Mais um ponto é que a Europa gosta de entender de quem ela está comprando, principalmente cafés ligados à agricultura familiar. Com todo esse contexto, a COORPOL sempre vem à frente sendo explicada, trabalhada e orientada para que o comprador possa vir aqui e realmente se deparar com essa estrutura, conversar com os produtores diretamente, entendendo que o trabalho é genuíno e ocorre em uma cooperação integrada ao meio ambiente. Esse foi um dos trabalhos que a Certificafé trouxe para a COORPOL, preparando-a para a obtenção dos certificados orgânicos e Fairtrade. Ou seja, é um trabalho em conjunto de profissionais que querem levar o nome da cooperativa em primeiro lugar’, explicou.
Jean Felipe de Mello, técnico agrícola da COORPOL, comentou que ‘Para a cooperativa e principalmente para os produtores orgânicos, é muito importante esse reconhecimento porque a cafeicultura orgânica demanda um pouco mais de cuidado e de trabalho. Além da adubação orgânica, o manejo de pragas e doenças é todo feito com produto biológico, requerendo cuidado e atenção para ter separação de lotes e rastreabilidade’.
Thomaz Júnior