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Economia

Mineração Curimbaba quer construir fábrica em Manhuaçu

05/01/2010 - Atualizado em 05/01/2010 08h54
Secretário de Estado está otimista com os investimentos em Manhuaçu

O grupo Curimbaba, mineradora que atua em Poços de Caldas, no Sul de Minas, planeja construir uma usina de alumina (matéria-prima para a fabricação de alumínio), em Manhuaçu. O investimento, de cerca de US$ 2 bilhões, seria em associação com grupos chineses. De acordo com a Prefeitura de Manhuaçu, a mineradora possui reservas de bauxita na região e tem feito um trabalho contínuo para a exploração do insumo. O projeto, no entanto, ainda estaria em fase de negociação com o Estado.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Sérgio Barroso, afirmou ontem que o Estado pretende atrair no próximo ano cerca de R$ 40 bilhões em investimentos privados - mais de 60% do volume apurado neste ano (R$ 15 bilhões).

Desse total, cerca de R$ 30 bilhões seriam investidos pelos setores de mineração, siderurgia e metalurgia. O restante seria para projetos na área energética e de outros segmentos econômicos. Segundo Barroso, tratam-se de investimentos novos, cujos protolocos de intenção ainda nem foram assinados. "A maioria desses projetos deverão ser confirmados até o fim do primeiro semestre", disse. Caso confirmados, o governo estadual irá contabilizar, no período de 2003 a 2010, cerca de R$ 200 bilhões em investimentos no Estado.

O governo também quer atrair uma fábrica de celulose do grupo Suzano para Governador Valadares. Barroso disse que a empresa tem interesse em investir no Estado e fará uma visita à região. Segundo ele, os investimentos poderiam alcançar R$ 3,5 bilhões.

Ao fazer um balanço de 2009, o secretário mostrou otimismo em relação a 2010. "Vamos dar saltos bastante significativos", disse.

Governo Aécio ameaça vetar projetos sem valor agregado


A construção de uma usina de alumina em Manhuaçu estaria de acordo com a nova diretriz traçada pelo Estado: apoiar apenas projetos do setor extrativo mineral que agregue valor aos produtos básicos, como o minério de ferro. “Se as empresas quiserem apoio do Estado terão que garantir valor agregado aos projetos”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso.

Ele garantiu que Minas Gerais, responsável por 50% da produção de minério de ferro no país, terá papel de liderança na discussão do novo marco regulatório do setor mineral, em discussão em Brasília.

Entre os princípios básicos, o governo de Minas vai defender uma nova redistribuição dos royalties minerais, com uma fatia maior para Estados e municípios e menor participação da União. “Queremos também ter direito a veto na discussão”, completou.

Pela partilha atual da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), os municípios ficam com 65% da receita, o Estado com 23% e a União, com 12%.

Continuamos achando que o município e o Estado têm que ser os maiores beneficiários da arrecadação da Cfem”, afirmou. A nova lei está sendo elaborada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Zu Moreira - Jornal O Tempo - Foto Agência Minas

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