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Política

Documento da Câmara de Manhuaçu discutem emancipação de distritos em 1963

12/12/2025 - Atualizado em 12/12/2025 14h08

MANHUAÇU (MG) - Durante as últimas semanas, o projeto “Revivendo a História”, da Escola do Legislativo da Câmara de Manhuaçu, vem resgatando documentos que ajudam a manter viva a memória do poder legislativo municipal. Em mais um capítulo desta série histórica, o projeto revela agora um conjunto de documentos datados de abril de 1963 que revela parte do processo de solicitação de emancipação dos distritos de Luizburgo (na época o nome da localidade era grafado com “z”), São João do Manhuaçu e Reduto.

O diretor pedagógico da Escola do Legislativo, professor João Paulo de Souza Andrade, explica que, “embora esses distritos tenham conquistado sua autonomia administrativa em datas posteriores, os registros mostram que já naquele ano (1963) havia um movimento organizado, conduzido por lideranças locais, para a criação de novos municípios na região”.

Nesta entrevista, Andrade esclarece o contexto em que ocorreu este processo no âmbito do legislativo municipal e a atuação da Câmara de Manhuaçu em meio a este movimento político.

Como transcorreu o processo em que os então distritos de Luizburgo, São João do Manhuaçu e Reduto solicitaram sua autonomia política em relação à Manhuaçu?

“O projeto foi apresentado pelo vereador Getúlio Alves Vargas, que encaminhou a proposta de autorização para que as comissões de cada distrito formalizassem, junto à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o pedido de licença para a emancipação. Os documentos mostram que, em 6 de abril de 1963, presidentes das comissões de cada distrito protocolaram, na Câmara Municipal, requerimentos solicitando “caráter de urgência” para o andamento da matéria, a fim de garantir o cumprimento dos prazos legais exigidos pelo Estado. Assinaram esses pedidos o presidente da Comissão de Emancipação de Luizburgo, José Thobias, o presidente da Comissão de Emancipação de São João de Manhuaçu, Cirilú Bilac de Souza, e o presidente da Comissão de Emancipação de Reduto, Sady de Magalhães Portilho”, destaca o professor João Paulo Andrade.

Cada documento reforçava a necessidade de enviar rapidamente à Assembleia Legislativa a documentação relativa aos limites territoriais, população e viabilidade econômica, exigências comuns nos processos emancipatórios da época.

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