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| Mutirões de limpeza ajudam, mas população tem que fazer sua parte |
Apesar de não ter acesso a todos os números da rede particular de exames, o Sistema de Saúde de Manhuaçu já contabiliza 396 casos suspeitos de dengue no município, somente neste ano. O resultado dos exames de 25 foi positivo, 23 foram identificados como outras doenças e nove foram descartados.
A diretora Emilce Estanislau Fialho explicou que a doença chegou a Manhuaçu com os primeiros trinta casos suspeitos a partir de pessoas que viajaram para cidades que estavam com a infestação, como Carangola, Ipatinga, Guarapari e Governador Valadares. “Como havia o mosquito, água parada e outros fatores, a dengue começou a se espalhar mais”, detalha.
As áreas mais comprometidas atualmente são os bairros São Vicente, Nossa Senhora Aparecida, Bom Pastor, Coqueiro, Colina, Operários e Catuaí. No Centro, o trecho entre as ruas Monsenhor Gonzalez e Frederico Dolabela é apontado como o mais crítico. Há casos em outros bairros, mas tudo indica que são pessoas que foram aos locais em que o problema está mais presente.
AÇÕES
Emilce ressaltou que as ações dos mutirões de combate a dengue estão ajudando bastante a controlar a expansão da doença. A mobilização do Conselho de Saúde nos bairros e distritos está motivando moradores a limpar casas e quintais.
A diretora explica que as chuvas rápidas dessa época do ano são um complicador. “Com a chuva e os quintais sujos, a água fica acumulada e pode servir ponto de proliferação da doença”, ressaltou.
Equipes com bomba costal estão fazendo pulverizações com inseticida e já foi solicitada da Secretaria Estadual de Saúde a aplicação com um carro, o chamado fumacê. !Infelizmente, temos encontrado quantidades exageradas em alguns quintais de materiais acumulando água e sendo a causa dos problemas e da proliferação do mosquito na cidade. Temos que eliminar os criadouros do mosquito. A orientação continua sendo a mesma: as pessoas têm que fazer sua parte. Ainda mais com as chuvas”.
Sobre comentários de casos de dengue hemorrágica, Emilce admitiu que há cinco casos de complicações da dengue. “Cinco pacientes tiveram manifestações hemorrágicas, mas temos que juntar a documentação para que a Secretaria de Estado possa dar esse parecer. Nesses casos as pessoas foram atendidas, cuidadas e já estão em casa, mas não podemos afirmar que é dengue hemorrágica. Independente disso, o alerta é o mesmo dengue pode matar. É preciso tomar cuidado porque o risco existe”.
Emilce, no entanto, espera redução nos índices. Com a queda na temperatura devido ao outono e inverno e sem chuvas, a tendência é uma redução.
Carlos Henrique Cruz / Fotos Luís Nascimento - portalcaparao@gmail.com