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Segurança

Acusado de estupro é preso depois de pular no Rio Manhuaçu

24/06/2010 - Atualizado em 24/06/2010 16h02

O lavrador Gilberto Rosa da Silva, 30 anos, conhecido como “Matrix” é acusado de ter estuprado uma menina de 12 anos no bairro Ponte da Aldeia, em Manhuaçu. O levantamento da Polícia Militar foi baseado em denúncias de moradores e acabou confirmado pela adolescente na tarde desta quarta-feira, 23.

Segundo a polícia, ela conheceu Gilberto no show de Eduardo Costa, no final de abril, e começaram a se encontrar. Em um dos encontros, ela afirmou que houve relações sexuais.

Gilberto foi preso depois de pular nas águas do Rio Manhuaçu

O Cabo Ageu, da Patrulha de Prevenção Ativa, conta que a primeira denúncia foi sobre os encontros amorosos de uma menina com um tal de Beto. “Com apoio do Conselho Tutelar, conseguimos localizar a jovem no bairro Ponte da Aldeia. Ela acabou confirmando que tem mantido relacionamento amoroso com esse homem. Houve rumores de outros fatos, mas a princípio o que temos é esse caso concreto”, afirmou.

Ageu disse que a prisão de Gilberto foi complexa. “Na abordagem, perto do parque de exposição, ele negou inicialmente e depois fugiu. O cidadão pulou nas águas do rio Manhuaçu e tivemos que mobilizar vários policiais para a captura dele. Foi com muito empenho que ele foi retirado das águas. Agora vai ter que explicar os materiais e a situação envolvendo a adolescente”, afirmou.

Na casa de Gilberto, a Polícia Militar encontrou uma espingarda escopeta, vasta munição, duas garruchas, pacotes de balas, carrinhos, touca ninja, pólvora e balança de precisão. “Materiais que são considerados suspeitos e usados em situações ilícitas. A Polícia Civil vai investigar a presença desses materiais e seu uso”.

IGREJA

O pai da adolescente diz que não desconfiava de que algo estava acontecendo. “Eu trabalho, saio cedo e chego de tarde. Minha esposa também trabalha. A minha filha e duas primas saiam, sumiam e falávamos para tomar cuidado, mas não pensávamos que estavam envolvidas com isso. Alguns dias, falavam que iam sair e ir para a igreja”, admitiu o pai revoltado e com muita raiva de Gilberto.

O Presidente do Conselho Tutelar, Wagner Caldeira, diz que foram chamados em apoio a ação policial e começaram a apurar essa história de estupro. “A menina, acompanhada do pai, contou o que estava acontecendo. Depois que encontramos o acusado, com a prisão, a menina foi encaminhada ao SUS. Parece que há alguns meses estavam se relacionando, mas o conselho só tomou conhecimento agora e aí tomamos providências”.

SÓ AMIZADE

Munições, armas e outros materiais apreendidos pela PM

Gilberto Rosa da Silva concordou em falar com a reportagem e disse que não abusou da adolescente. “Não é verdade esse negócio de pedofilia. O meu negócio foram as armas que encontraram na minha casa. Eu conheci as meninas, igual todo mundo conhece e fiz amizade. O irmão delas me viu, gostou do meu jeito e aceitou que eu convivesse com elas, mas assim amizade, como todo mundo. Isso tem um mês e pouco”, afirmou.

Sobre as armas, o lavrador diz que são apenas para proteção: “Levei um tiro há pouco tempo e, se eu tivesse arma em casa, poderia ter me defendido. Isso era para proteção. As toucas ninjas são para apanhar café. O frio que faz de manhã ninguém agüenta. A orelha gela”, afirmando que é trabalhador.

Gilberto entra em contradição ao ser questionado sobre inimizades para justificar a presença das armas em casa, já que tem pouco tempo que mora no bairro. “Inimigo não sei, mas sempre tem. Todo mundo tem inimigo, de uma forma ou de outra”. Aos risos, ele admitiu que tem experiência com armas e que tem passagens pela polícia, mas alegou que nunca mexeu com crianças. “Nada de pedofilia, longe de mim isso. Só as armas mesmo”.

Equipe da Patrulha de Prevenção Ativa

No Pronto Atendimento de Manhuaçu, o médico que atendeu a menina de 12 anos confirmou que ela manteve relações sexuais.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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