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Moradores fecham a BR-262 durante protesto em Pequiá (ES)

30/08/2010 - Atualizado em 30/08/2010 07h42

Moradores do distrito de Pequiá (ES), município de Iúna, na divisa com Minas Gerais, fecharam a rodovia federal BR-262 por mais de duas horas neste domingo, 29. A manifestação durante a tarde gerou um congestionamento de mais três quilômetros nos dois sentidos. Os moradores reivindicam redutores de velocidade ou lombadas eletrônicas no trevo de acesso à comunidade.

A insatisfação dos moradores surgiu depois do fechamento do posto fiscal há dois meses. Segundo eles, depois disso, o índice de acidentes aumentou alarmantemente. Os motoristas, como não são obrigados a parar mais, estão passando em alta velocidade. Além de colisões, há relatos de atropelamentos e mortes no trecho. O mais recente foi no dia 12 de agosto, quando a aposentada Margarida Aguiar de Lima, 79 anos, foi atropelada e o veículo fugiu sem prestar socorro. O fato revoltou a comunidade, uma vez que lideranças locais já haviam enviado oficio ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pedindo redutores de velocidade.

PREOCUPAÇÃO

Moradores dizem preocupados com a alta velocidade dos veículos que passam na rodovia que corta o perímetro urbano do distrito. “Depois que fecharam o posto fiscal os carros pequenos e carretas, principalmente as que descem no sentido Espírito Santo para Minas Gerais, passam a uma velocidade superior a 140 km por hora”, calcula o morador Jocélio Costa, que continua “A maior preocupação é durante a noite, quando o número de veículos de transporte escolar é maior. Como o trevo fica numa curva, a gente olha e não vem carro, dentro de segundos, aparece um em alta velocidade e não dá tempo de atravessar”, comentou. Segundo eles, crianças e idosos são as principais vítimas no trecho.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal de Ibatiba estiveram no local em busca de liberar a pista, mas os moradores não gostaram dos argumentos usados pelos agentes e prometeram terminar com a manifestação só depois que representantes do DNIT comparecessem ao local. Sem acordo, os policias foram embora.

A manifestação acabou às 16:30, pouco mais de duas horas depois do início e sem uma resposta oficial. “Mostramos para as autoridades que apesar de estar em um local isolado onde ninguém tem olhado por nós, somos capazes de reagir e lutar por melhorias em defesa da vida. Se nada for feito, nos próximos dias iremos realizar uma nova manifestação. Caso as autoridades competentes não dêem uma resposta, vamos fechar por mais tempo e num dia útil”, conta o morador José Carlos, um dos líderes do movimento.

Antônio José - portalcaparao@gmail.com

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