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Um bebê de nove meses foi operado na noite de quinta-feira para a retirada de pelo menos quatro agulhas do corpo. A médica pediatra que consultou a criança detectou a presença dos objetos depois de submeter o paciente a uma radiografia. O caso chocou os moradores de Inhapim, na Região Leste de Minas.
O promotor Bruno Schiavo, que acompanha o caso, contou que a primeira ação foi afastar a criança dos pais e familiares. Segundo ele, as agulhas só podem ter sido introduzidas no corpo do bebê por alguém que convivia com a criança na casa da família, no Bairro Santa Cruz. Depois da cirurgia, o bebê foi encaminhado para um abrigo em Caratinga.
Schiavo contou que a médica pediatra Maria de Lourdes acompanhou o nascimento e crescimento da criança. Ela começou a suspeitar que o bebê era vítima de violência depois de observar pequenos ferimentos no corpo do paciente. Em uma ocasião, contou o promotor, o bebê foi encaminhado a um posto de saúde com o braço quebrado.
Na ocasião, a mãe disse que o ferimento havia sido causado por uma queda. Na última consulta, a pediatra percebeu pequenos abcessos nas nádegas do bebê e resolveu submetê-lo a um exame. O Conselho Tutelar da cidade também acompanha o caso. Ainda não há informações sobre quantas agulhas foram retiradas do corpo do bebê durante a cirurgia.
Priscila Robini - Estado de Minas