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Vingança: Lavrador confesa assassinato de idosa

07/10/2010 - Atualizado em 07/10/2010 14h10

O lavrador Luiz Carlos Francisco, 36 anos, foi preso na manhã de quarta, 06, após sua prisão temporária ter sido decretada pela Justiça de Manhuaçu. Policiais da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Homicídios) tiveram a informação de que ele teria assassinado, em agosto de 2006, sua vizinha Elcy Maurício Barbosa, 77anos.

Luiz (centro) com a equipe do Delegado Getúlio Lacerda que fez prisão durante a manhã de quarta-feira

O crime aconteceu no distrito de Bom Jesus de Realeza, há 23 km de Manhuaçu e, segundo o acusado, a motivação teria sido o fato do vizinho identificado como José Cepa ter suspeitado de que ele estaria matando suas galinhas para se alimentar. Segundo o lavrador Luiz Carlos Francisco, a família da vítima estava passando necessidade e, sem ter o que comer, passou a furtar as aves, sem que o dono percebesse e, as penas eram jogadas em seu quintal, o que levou José Cepa imaginar que fosse o rapaz. “Tentei dialogar com Elcy, mas ela disse que quem deve tem de pagar. Não tinha nenhum receio em continuar jogando as penas no meu quintal”, disse.

Procurado várias vezes pelo vizinho cobrando o prejuízo, acabou pagando R$ 70,00 pelas 10 aves que sumiram, mas, passou a alimentar um ódio descontrolado pela vizinha que “comeu” as galinhas, juntamente com os filhos. 
Bastante chateado, foi morar no distrito de Santo Amaro de Minas. No dia do crime, o acusado foi a Bom Jesus de Realeza e, ao retornar, percebeu que Elcy Maurício Barbosa estava sozinha na lavoura. Aproximou-se e a empurrou. Usando as mãos segurou-lhe pelo pescoço até perceber que ela estava desfalecida. Depois, puxou o corpo para debaixo de um pé de café e cobriu com folhas.

Com o sumiço, os filhos chegaram a perguntar o acusado se tinha visto Dona Elcy e ele negou. Dois dias depois, o corpo de Elcy Maurício foi encontrado já em estado de putrefação por populares.

Na Delegacia de Homicídios, o acusado disse que estava embriagando para esquecer as acusações, mas, a cada dia o ódio era maior. “Só fiz para vingar o que ela me fez. Minha vontade era matar o dono das galinhas, que me fez pagar algo que não fiz. Quando a vi, não contive minha revolta”, desabafa. O delegado da Homicídios, Getúlio Vargas Lacerda que fará a reconstituição do crime, para confrontar as informações  contidas no depoimento do acusado.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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