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Segurança

Rainha do Pó 2: Advogada está presa e mais de 19 kg de drogas apreendidos

22/12/2010 - Atualizado em 22/12/2010 06h27
Advogada Eliane negou envolvimento com o tráfico e disse que era o resto do material da outra operação

Durante toda a manhã desta quarta-feira, a movimentação das Polícias Militar e Civil na Avenida Mela Viana atraiu a atenção de todos que passavam pelo local. Depois de meses de investigação por parte do Serviço de Inteligência da PM e Delegacia de Tóxicos, foi levantado que a advogada Eliane dos Santos Souza, 46 anos, que cumpria prisão domiciliar por condenação de tráfico de drogas, continuava mantendo um laboratório de refino de cocaína em seu apartamento.

Pela manhã, as equipes da Polícia Civil chefiada pela delegada Flávia Granado, e da Polícia Militar, pelo Tenente Gustavo, chegaram ao local, para cumprir o mandado de busca e apreensão, utilizando inclusive cães farejadores do canil. Todo o trabalho integrado das Polícias Civil e Militar, foi acompanhado de perto pelos representantes da 54ª Subseção da OAB, José Paulo Hott (Presidente), Alex Barbosa Matos(Comissão de Ética) e Diogo da Silva (Comissão de Ética), além do Promotor de Justiça, Dr.Fábio Santana.

Ao adentrarem, os policiais ficaram surpreendidos com a quantidade de drogas escondidas, bem como pasta base de cocaína, crack, dinheiro, cheques e farto material utilizado no preparo da droga. 

Batizada de operação “Rainha do Pó II”, o nome da operação remonta à prisão da advogada que comandava um forte esquema de distribuição de drogas na região, quando acabou presa pela primeira vez por agentes da Polícia Federal, em 2007. À época, a advogada tinha um laboratório de refino de cocaína no mesmo local. Foram apreendidos seis quilos de pasta de cocaína e materiais para “batizar” e “dólar” a droga.

ACUSADA DIZ QUE DESCONHECE MATERIAL

Em comboio, as viaturas chegaram à 6ª Delegacia de Polícia Civil, conduzindo a acusada Eliane dos Santos, o esposo dela, Heleomar de Souza, Lenildo Lima de Arruda e a filha da acusada, que não teve o nome divulgado.

Operação das Polícias Militar e Civil apreendeu vários produtos relacionados ao tráfico

Quando indagada por um agente da polícia, sobre os produtos que são utilizados para misturar à pasta base, a acusada disse que desde sua prisão, em 2007, os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência Regional (Belo Horizonte), acabaram esquecendo os produtos (ácido) no apartamento. “Nunca mexi com isso mais. Nem sei o que está aí dentro”, disse a acusada. Eliane dos Santos e os demais acusados demonstraram estar tranqüilos diante da situação. 

A ação integrada das Polícias Civil e Militar rendeu elogios, devido à quantidade de droga apreendida.

HISTÓRICO

Em abril de 2007, Policiais Federais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência Regional em Minas Gerais – sede/Belo Horizonte, prenderam Eliane dos Santos em seu apartamento.

A advogada criminalista, mantinha, segundo a PF, o escritório e um laboratório de refino de cocaína. Foram apreendidos aproximadamente sete quilos de pasta de coca e cerca de vinte quilos de diversos medicamentos e produtos químicos usados para "batizar" a droga, além de vários apetrechos para manusear, misturar e embalar a cocaína. Batizar a droga na gíria dos traficantes significa misturar a coca com outros produtos para aumentar o volume de venda.

Na época, os federais ainda apreenderam R$ 75 mil em dinheiro, R$ 18 mil em cheques, uma caminhonete GM/Silverado verde placa GXU 9298 de Ituiutaba/MG, um carro Ford/Ka prata placa MQB 0362 – Manhuaçu/MG, uma motocicleta Honda/CBX 250 preta placa HAS 7542 – Lajinha/MG e uma motocicleta Honda/CG 125 vermelha placa MTI 6500 – Manhuaçu/MG.

A advogada e o marido dela, Heleomar de Souza, de 46 anos, caminhoneiro e estudante de Direito do 10º período, comandavam, segundo a Polícia Federal, uma rede de tráfico de drogas na região.

A advogada Eliane ficou conhecida como "rainha do pó” dada sua influência no meio do tráfico de drogas. A operação recebeu o nome de "Rainha do Pó II”.

Eduardo Satil / Carlos Henrique Cruz - Foto Internet

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