Portal Caparaó - Prefeitura de Ipanema impede o fechamento de Maternidade
Geral

Prefeitura de Ipanema impede o fechamento de Maternidade

05/10/2011
Hospital de Ipanema

Cento e oitenta mil reais por ano serão desembolsados pela Prefeitura de Ipanema para pagamento de médicos obstetras evitando assim o anunciado fechamento da Maternidade do Hospital São Vicente de Paulo (HMSVP). A ação emergencial foi uma decisão do prefeito Júlio Fontoura, firmando mais uma, entre as várias parcerias existentes do Governo Municipal e o Hospital filantrópico. Foram contratados para cumprir a escala os obstetras: Dr. Walter Paulo, Dr. Jorge Manta e Dr. Paulo Brum.

De acordo com a administração do Hospital, que é mantido pela Sociedade São Vicente de Paulo, a instituição não teria recursos financeiros disponíveis para o pagamento do ‘sobreaviso’ dos médicos, o que culminaria no fechamento da Maternidade.  Sem possibilidade de realização de partos em Ipanema, todas as gestantes teriam que se deslocar para Manhuaçu, cidade a 80 km.

O administrador do hospital, Davi de Freitas Alves Cunha, explica que pagar este sobreaviso aos médicos é como pagar pela disponibilidade deles. “De uns tempos para cá esta escala passou a ser remunerada. Então, para a Maternidade ter sempre um obstetra à disposição, para ser chamado assim que uma gestante entrar em trabalho de parto, o hospital precisa pagar por isso. Sem recursos, recorremos ao prefeito, que prontamente entendeu a gravidade da situação e nos atendeu. A ação da prefeitura foi fundamental porque senão seria instalada grave situação de saúde pública”, afirma.

O prefeito Júlio Fontoura explica que a decisão onera os cofres públicos, mas como administrador ele sente-se responsável em resolver este problema. “Com certeza, as pessoas mais carentes seriam as mais prejudicadas com o fechamento da maternidade. Então, mesmo com uma crise financeira, redução da arrecadação municipal, priorizei essa parceria com o hospital”.

“Afinal, como uma gestante de família humilde, que não tem carro ou recursos para pagar um táxi, teria um bebê em Manhuaçu? Sem falar da insegurança que isso geraria nas futuras mães. A gravidez não é um momento para incertezas, precisamos tratar as gestantes com o respeito que merecem. Já pagamos pelos plantões médicos no Pronto Socorro que funciona no HMSVP, agora assumimos mais este encargo, dos sobreavisos,  pensando, acima de tudo no bem estar da população”, discorre o prefeito.

Novo serviço

Para garantir que todos os cidadãos sejam bem atendidos e tenham seus direitos garantidos, o Governo Municipal, decidiu também instalar um posto de Assistência Social no HMSVP. Um profissional irá acompanhar todos os casos que dão entrada no hospital via SUS com visitas domiciliares e ao setor de internação. “Será também uma forma do cidadão expressar suas reclamações, sugestões e impressões sobre o atendimento. Para nós isso é fundamental, já que o usuário precisa se sentir mais acolhido nestes momentos difíceis”, explica o prefeito Júlio Fontoura.

A vicentina e presidente do HMSVP, Geni Garcia dos Santos Abdala, explica que a instituição existe para atender preferencialmente as pessoas mais carentes, mas que os usuários que podem pagar pelo serviço de saúde, fazem procedimentos particulares. “Existem dois caminhos para ser atendido pelo hospital. O primeiro é o caminho SUS, onde o usuário é atendido no Pronto Socorro, serviço disponibilizado pela prefeitura, e que é encaminhado posteriormente à internação no Hospital. Neste trânsito, o paciente não paga nada. Nem consultas, nem internação, nem remédios. Porém o usuário que opta por fazer o atendimento inicialmente pelo Hospital, arca com as despesas que correm por conta particular. Os procedimentos são pagos aos médicos que fizeram o atendimento e tem uma porcentagem revertida ao hospital”.

Daniela Cabral – www.ipanews.com.br

O Portal Caparaó não se responsabiliza por qualquer comentário expresso no site ou através de qualquer outro meio, produzido através de redes sociais ou mensagens. O Portal Caparaó se reserva o direito de eliminar os comentários que considere inadequados ou ofensivos, provenientes de fontes distintas. As opiniões são de responsabilidade de seus autores.