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De cabeça baixa e olhar fixo ao chão, foi assim que o comerciante José Aparecido Vieira de Souza “Zitão” permaneceu, durante o julgamento nesta segunda-feira, 07, no Fórum Desembargador Alonso Starting. O crime aconteceu no dia 2 de agosto de 2009, no Córrego dos Teixeiras, zona rural de Simonésia. O acusado foi preso no mês de Maio deste ano e, aguardava julgamento no presídio de Manhuaçu.
Ficou apurado que havia uma desavença entre Moisés Vicente Ferreira e o acusado José Aparecido, que, em ocasião passada tinha vendido álcool para a vítima. De acordo com a viúva havia sido quitado, mas o comerciante continuava a cobrança até que Moisés Vicente ficou injuriado, dizendo que não pagaria mais vezes.
Testemunhas ouvidas na polícia e durante a fase de instrução processual, também falaram sobre a desavença entre ambos.
Um morador da localidade, que estava no exato momento em que o crime aconteceu, disse em depoimento que a vítima pediu para que levasse à sua casa, devido seu estado de embriagues. “Quando ele montou na garupa da moto, “Zitão” aproximou e os dois conversaram rapidamente, tendo acontecido o disparo”,contou a testemunha.
Ao ver Moisés Vicente caído, a testemunha disse ter saído correndo, enquanto que o autor retornou para o interior de seu bar.
Acusação pede condenação em duas qualificadoras
Levado a julgamento, o comerciante José aparecido Vieira de Souza permaneceu tenso, acompanhou os debates da acusação e defesa e, às vezes olhava para os familiares e da vítima, que acompanhavam o julgamento atentamente.
O Ministério Público Estadual (MPE),representado pela Dra. Gianine Mota Maeli Miranda foi categórica ao pedir condenação com reconhecimento de duas qualificadoras: Motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa, patrocinada pelo advogado Helder Campos disse que houve desentendimento e, defendeu a tese de homicídio simples.
A sentença lida pelo juiz da Vara Criminal, Dr. Walteir José da Silva foi de condenação. O corpo de jurados acatou o pedido do MPE, condenando o comerciante José Aparecido Vieira de Souza a 14 anos de prisão, sem nenhum beneficio reconhecido.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com