![]() |
O Ministério Público Estadual (MPE) pediu o afastamento do delegado Márcio Olinto Hazan de suas atividades na Polícia Civil. Ele foi designado para a delegacia de Simonésia, na área da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Manhuaçu, mas não chegou a assumir o cargo. Um grupo de promotores designado pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado entrou com ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Hazan, que já atuou em várias cidades mineiras.
O policial já havia sido denunciado por corrupção privilegiada. Em novembro deste ano, ele foi transferido do município de Itaúna, na região Central, onde era o delegado mais antigo da unidade, para a cidade de Simonésia. Ele também é acusado de participação em um esquema de fraudes na liberação de documentos de veículos em Itaúna. Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, o delegado responde a mais de dez inquéritos por várias irregularidades.
Patrimônio
De acordo com os promotores, o policial leva uma vida de "bon vivant" e seu patrimônio é incompatível com a renda mensal de R$ 10 mil. Apenas uma das faturas de cartão de crédito em nome dele tinha o valor de R$ 21.210. Em dois anos, Hazan gastou R$ 211 mil somente com compras a crédito. Na garagem, o delegado guarda três carros de luxo: um Volvo S40 avaliado em R$ 23 mil, um Chery Tiggo de R$ 40 mil e um Fiat Freemont no valor de R$ 80 mil. "Seu patrimônio é superior às rendas oficiais e certamente é fruto de alguma fonte externa ainda não conhecida", avaliou o MPE.
Na relação dos imóveis do delegado constam uma casa no bairro Santa Lúcia, outra no Sion, ambas na região Centro-Sul da capital uma terceira de 1.000 m² de área, em Juatuba, na região metropolitana.
A reportagem do Jornal O Tempo tentou entrar em contato com o advogado de Hazan, mas ele não foi encontrado.
Rafael Rocha - Jornal O Tempo - Foto Divulgação