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Segurança

Homicídios em Caratinga não teriam ocorrido

07/12/2011

O assassino confesso apontado como psicopata pela Polícia Civil de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, pode não ter cometido a série de crimes que revelou ter praticado em Caratinga, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Preso após ter matado, de forma brutal, um homossexual no interior fluminense, o belo-horizontino Albert Kroll Kardec de Souza, de 23 anos, disse aos investigadores que aquele era o quinto homicídio que cometia, tendo matado suas quatro vítimas no interior de Minas, na cidade onde passava férias com os avós. No entanto, a polícia não encontrou, até o momento, nenhuma evidência de que Albert realmente tenha assassinado alguém em Minas Gerais.

“Nós procedemos os levantamentos em nossos livros de registros dos homicídios registrados entre 2004 e 2007 e não há nenhum cuja autoria não tenha sido definida”, afirma o delegado titular de Caratinga, Gilberto Simão de Melo. Ele foi contatado pelo delegado titular da 93ª Delegacia de Volta Redonda, Antônio Furtado, responsável pela prisão de Albert, sendo alertado sobre as revelações feitas pelo assassino.

Segundo o delegado Antônio Furtado, Albert afirmou, em uma conversa informal, que matou quatro pessoas em Caratinga, a primeira quando ele tinha apenas 12 anos. Albert só revelou detalhes do que seria o último crime, cometido segundo ele durante o carnaval de 2006. “Não houve nenhum crime com as características passadas por ele. Não há registro de nenhum homem assassinado a golpes de machado e não há ninguém desaparecido na cidade”, garante o delegado de Caratinga, Gilberto Simão.

Albert disse aos policiais fluminenses que durante aquele carnaval se incomodou com o olhar insistente de um homem alto e forte e decidiu matá-lo, armando uma emboscada em uma ponte da cidade. “Ficou muito claro para gente que este crime não existiu. Não é a primeira vez que ouvimos alguém revelar crime que não cometeu, mas nossa investigação não terminou. Ainda vamos verificar todas as 22 cidades que compõem a região de Caratinga para verificarmos se houve algum crime que possa ter sido cometido pelo Albert”, destaca o delegado Gilberto Simão.

Albert foi preso no dia 14 de outubro deste ano, sete dias depois da polícia encontrar o corpo de Marcelo Lino Antônio, de 37 anos, enforcado com um corrente em um terreno baldio de Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro. A vítima foi morta após assediar sexualmente o assassino, que simulou ceder às investidas apenas para executá-lo. Em depoimento ao delegado Antônio Furtado, responsável pelo inquérito, Albert afirmou que não decidiu matar Marcelo. Segundo ele, a vítima decidiu morrer quando o asssediou.

O perfil psicológico de Albert impressionou os policiais fluminenses. Ele chegou a ser submetido a um exame psiquiátrico, à pedido do próprio delegado, que indicou que ele sofre transtorno de personalidade. “O médico me disse que o Albert é um psicopata clássico, ou seja, ele é um personagem que se encontra na literatura médica, pois possui todos os traços de um psicopata. Ele é extremante inteligente, dissimulado, não esboça qualquer sentimento de remorso e não sente culpa de nada”, destacou Antônio Furtado.

Daniel Silveira - Portal Uai

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