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Uma saída de pista aparentemente sem gravidade ocorrida na madrugada desta sexta-feira (16) chamou a atenção das autoridades. Havia um corpo no interior do veículo e o mais estranho: a morte não apresenta ligação com o acidente. A saída de pista aconteceu às 02h30 no km 597 da rodovia BR-116.
Após o acidente, Ronaldo S. Pereira, de 39 anos, condutor da carreta Mercedes Benz, placa LBB-5645 de Muriaé/MG, ligou para o número de emergência 191 informando sobre o ocorrido. A ligação foi atendida por um agente de plantão no Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Realeza.
O motorista disse que se estava próximo a Fervedouro e o agente informou o número do telefone do Posto da PRF daquela cidade para que ele entrasse em contato. O agente que atendeu ao telefone não recebeu novo contato do condutor.
Ao amanhecer, os policiais rodoviários federais do Posto de Realeza receberam a informação de que uma carreta havia saído da pista no km 597, distante apenas 8 km de Realeza. Chegando ao local, constataram que se tratava do mesmo veículo cujo condutor passara referência de que teria se acidentado em Fervedouro.
A carreta saiu da pista, bateu em uma placa de sinalização e em uma pedra e parou a poucos metros de atingir uma árvore.
AJUDANTE MORTO
Dentro da cabine estava o corpo do ajudante Adão Claudino de Miranda, de 51 anos, aparentando ter morrido de infarto. O mais estranho é que a morte já teria ocorrido várias horas antes do acidente.
Durante os trabalhos realizados pelo perito Bruno, da Polícia Civil de Manhuaçu, foi encontrado em um dos bolsos de Adão uma sacola plástica contendo uma pequena quantidade de maconha.
Ronaldo informou que seguia de Aimorés para Muriaé e que Adão já estava dormindo durante a viagem. Ele alegou que ficou sabendo que seu ajudante estava morto após o acidente, quando tentou despertá-lo.
No interior do veículo foi encontrada uma cartela de Desobesi-m, contendo ainda quatro capsulas. Este medicamento é muito usado como rebite por condutores de caminhão.
Por ser um medicamento de uso controlado e vendido somente com prescrição médica e o motorista não ter apresentado uma receita, o mesmo foi conduzido para a 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil, onde seria ouvido.
Após os trabalhos realizados pelo perito, o corpo foi encaminhado para o IML de Manhuaçu, onde seria feita sua autopsia para identificar a causa da morte.
A ocorrência foi registrada pelos agentes Tadeu Lima e Luís Fernando.
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