Seis presos foram apresentados pelas Polícias Civil e Militar |
Cerca de 80 policiais participaram da operação |
Após um trabalho minucioso de investigação para apurar crimes em circunstâncias misteriosas, ocorridos na região de Lajinha, a Justiça expediu vários mandados de busca e apreensão e de prisão, que foram cumpridos nesta quinta-feira, dia 22.
A operação que envolveu cerca de 80 policiais civis e militares, além de 22 viaturas. Foi batizada de “Operação Apaloosa”,que significa Selvagem em alusão à cidade sem Lei. A ação policial sob o comando do delegado Getúlio Lacerda, Cap. Rogério e Ten. Gustavo iniciou por volta de 6 horas da manhã. O objetivo era prender pessoas envolvidas com o crime de pistolagem e homicídios ocorridos nas Comarcas de Lajinha, Manhumirim, Martins Soares e ramificação em Manhuaçu.
Os policiais foram distribuídos em grupos, para cumprirem 14 mandados e prisões temporárias (30 dias), para a continuidade da conclusão dos inquéritos que apuram os crimes ocorridos nos últimos meses em Lajinha.
Segundo o delegado Getúlio Vargas de Lacerda, que assumiu as investigações, integrantes do grupo são temidos naquela região por matarem sem piedade. Algumas pessoas foram assassinadas pelo fato de estarem envolvidas com drogas e, de acordo com o delegado um dos acusado se sentia incomodado, por estar perdendo o território do comércio de drogas na região de Lajinha.
Foram apreendidos um Fiat uno, Placa JMF1853, que teria sido furtado na cidade de Manhumirim- MG acerca de 40 dias atrás. Esse veículo foi “trepado” com adulteração de chassis. Outro veículo com a mesma placa foi localizado em Cachoeiro do Itapemirim- E.S. Duas motos , sendo uma Honda XRE e a outra Yamaha XTZ 125 sem placa, que foi usada numa das execuções também foram apreendidas. A polícia localizou ainda uma espingarda polveira, um rifle cal 22 e um revólver cal 32 e diversas munições.
Três militares e um delegado na mira dos pistoleiros
As investigações intensificaram depois de descoberto um plano macabro, para assassinar dois cabos que trabalham em Lajinha, além de dois policiais do Espírito Santo, sendo um delegado e um militar da ativa. A polícia aponta como mentor da trama para matar os policiais, Ailson Luis de Oliveira, “Loirinho”, que se sentia incomodado com a ação dos policiais no combate ao tráfico de drogas. “Essa situação passou a causar preocupação nos órgãos de segurança, pois, a região faz divisa com o Espírito Santo (Ibatiba, Iúna, Pequiá, Laranja da Terra). Essas localidades foram alvos de investigação e, agora a polícia acredita que possa esclarecer pelo menos seis assassinatos”,destaca o delegado Getúlio Lacerda.
Na operação Apaloosa foram presos, Joacir Medeiros da Silva, Darcy Vidigal Moreira, o “Darcy”, Ailson Luís de Oliveira, o “Loirinho”,Tiago Emílio Pereira, “ Tiaguinho do Brejo”, Vicente Pereira Sangy, “Vicentinho”,Denilton de tal, “Te Adora” e Sílvio Azine Neves. Todos eles são apontados pela polícia como sendo pessoas envolvidas em crimes de pistolagem.
Foram presos por crimes de porte de arma e posse de armas de fogo, José Geraldo Américo e Mário Ataídes Barbosa.
Segundo o delegado Getúlio Vargas de Lacerda, o acusado Tiago Emílio Pereira, foi levado para a cadeia de Mutum para ficar isolado. Vicente Pereira Sangy e Denilton “Te Adora” estão recolhidos numa cadeia no Espírito Santo, acusados de crime de pistolagem. Os acusados Darcy Vidigal Moreira e Joaci Medeiros da Silva estão recolhidos no presídio de Manhuaçu. São apontados pela polícia como sendo envolvidos diretamente nos crimes ocorridos em Lajinha.
Os presos negaram envolvimento com crimes de pistolagem.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com
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