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Portando várias faixas de protesto e acompanhados de um carro de som, os manifestantes fecharam a rodovia impedindo o tráfego de veículos nos dois sentidos da BR-474, no trecho entre Piedade de Caratinga e Caratinga. O trânsito ficou paralisado por cerca de 20 minutos até a liberação da pista. O movimento contou com a participação de estudantes e professores da Escola Estadual Frei Carlos, em Piedade, além de outros representantes da sociedade organizada.
A manifestação de caráter pacífico objetivou cobrar das autoridades competentes obras de melhorias para a via. “Desde que eu comecei a trabalhar aqui, que a gente vê a novela dessa estrada de Caratinga/Ipanema. Nós percebemos que a via é buraco pra todo o lado. Não tem uma solução, não tem um parecer dos órgãos públicos”, disse a professora Maria do Carmo da Costa Boy.
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No quilômetro 157 da BR-474, há meses, os usuários da rodovia vêm enfrentando problemas quanto à dificuldade de tráfego de veículos, devido a uma enorme depressão que se formou no local e persiste desde o ano passado. Com o passar do tempo, o trecho fica cada vez mais caótico, principalmente no período chuvoso. A área é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG).
Por coincidência, durante o manifesto, trabalhadores do DER/MG executavam obras no local. A professora Rita Alves questiona o órgão do Estado: “Por incrível que pareça, o carro do DER/MG está ali embaixo. Por que é que não ficaram antes? Por que é que não vieram antes? Pra fazer algum trabalho, algum serviço. E hoje, o que eles estão fazendo lá embaixo? Apenas colocando o seu carro, o que vai ser feito? Então, essa é a resposta que a gente espera do DER/MG, do DNIT, dos órgãos competentes”.
O taxista Maurílio Nogueira da Cunha e morador de Piedade há mais de cinquenta anos, contou à reportagem do Super Canal que passa pela rodovia diariamente. Ele descreve como é enfrentar a atual situação em que se encontra a estrada: “Condições de medo. Porque você não sabe se vai para a contramão ou se vai pela sua mão. Já estourei pneu, tive problema com amortecedores”.
“Nós já passamos muito perigo nessa estrada. Nós passamos de manhã, à tarde e à noite. Então, a gente vê os acidentes acontecendo, pessoas sendo levadas para o hospital. Cada vez que chove, nós ficamos apreensivos. Será que a barreira vai cair mais? Será que nós vamos ter acesso à nossa escola? Será que alguém vai passar na hora que aquela barreira cair? A nossa preocupação é essa”, completou a professora Maria do Carmo.
O sentimento de indignação diante dos problemas existentes na via também não é diferente para Elenilton Feliciano de Souza, comerciante em Piedade: “É uma vergonha. Pagamos todos os nossos impostos, já tive pneu estourado”.
A concentração da manifestação aconteceu durante a manhã desta terça-feira (17), no coreto da Praça Cosme Sabino, em Piedade, onde assinaturas de populares foram coletadas para um abaixo-assinado. Após conseguir um número expressivo de assinaturas, os manifestantes pretendem encaminhá-lo ao Ministério Público. É o que destacou o biólogo e professor Harley Leandro Coelho.
Além disso, conforme os organizadores do manifesto, informações dariam conta de que processos de licitação referentes às obras de melhorias na via, também já teriam sido realizados. A partir de agora, os manifestantes esperam providências e respostas das autoridades.
Com informações da Tv Super Canal de Caratinga