.png)
|
Movimentação policial foi intensa na operação realizada em abril |
 |
A Polícia Militar prendeu, na manhã de sexta-feira, dia 06, o suspeito de ser um dos maiores traficantes de Manhuaçu. Geílson Cândido, de 34 anos, mais conhecido como “Nil”, é suspeito ainda de ser fornecedor de armas para criminosos da cidade.
A Justiça expediu mandado de prisão para Nil há aproximadamente três meses, quando as Polícias Civil e Militar realizaram operação conhecida como “Sexta-Feira 13”. Na época ele estava foragido.
A OPERAÇÃO
Sete pessoas foram presas durante operação “Sexta-Feira 13” desencadeada pelas Polícias Civil e Militar na manhã do dia 13 de abril, nos bairros Santa Terezinha, Santana e Engenho da Serra. Dentre os envolvidos, a ação prendeu Crislaine Cândido, de 22 anos. Ela é mulher de um dos maiores traficantes da cidade conhecido pelo codinome “Westh”, preso durante a operação “Caça Xerife” em setembro do ano passado. Crislaine cumpria prisão domiciliar e foi detida com drogas e dinheiros oriundos do tráfico.
Pelo menos 80 policiais militares e civis divididos em mais de 20 viaturas cumpriram 18 mandados de busca e apreensão. A operação iniciou por volta das 6 horas. De acordo com o comandante da 72ª Companhia Independente da Polícia Militar, capitão Adenilson, houve um clamor social de vários moradores que residem nos três bairros. “Constantemente somos parados na rua por pessoas de bem que querem estar longe da criminalidade. Por mais que façamos abordagens praticamente todos os dias, o tráfico de drogas, principalmente do crack, tem deixado os cidadãos apreensivos”.
Com o apoio do Poder Judiciário, Ministério Público e o mapeamento realizado pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar, que identificou os pontos de tráfico de drogas, os policiais abordaram residências de contumazes e suspeitos. Os delegados Getúlio Lacerda e Adline Ribeiro comandaram o grupo por parte da Polícia Civil. Já a Polícia Militar teve o comando do capitão Adenilson, que foi assessorado diretamente por tenentes, alunos do curso de sargentos e demais militares. Uma cadela de faro também foi utilizada para identificar as drogas.
PRESA MULHER DE “WESTH”
Em razão de denúncia de moradores, os policiais foram até a residência de Westh. No local foram encontradas nove pedras de crack e aproximadamente R$ 920 em notas de R$ 2, R$ 5 e R$ 10. “Possivelmente este dinheiro é oriundo do tráfico, pois corresponde ao valor das drogas”, explicou o capitão.
A exemplo da última operação policial, o que chamou a atenção foi a quantidade de aparelhos eletrônicos, de luxo e demais utensílios domésticos que não corresponderiam diretamente com o salário dos envolvidos. “Os suspeitos têm baixos salários, pois fazem pequenos bicos. Outros nem têm emprego. Quando adentramos a uma casa como esta, encontramos diversos bens materiais, como vídeo-games, televisões, câmeras fotográficas, que são totalmente incompatíveis com a realidade financeira dos envolvidos. Isso nos levantou suspeita de tráfico também”, argumentou Adenílson.
Na casa de “Westh” foram presas a sua mulher, Crislaine Cândido, de 22 anos, a mãe dela, Luciana Cândido, de 39 anos, e a irmã Jéssica Cândido, de 20 anos.
ABORDANDO REDUTOS DO TRÁFICO
Na casa de Maria Natália de Assis, de 43 anos, os policiais encontraram uma balança de precisão utilizada para medir a quantidade de drogas. Além disso, foram apreendidos dois papelotes de cocaína, sendo um deles no bolso da mulher, e sacos de “chup-chup” que servem para embalar o material entorpecente.
“Esses equipamentos são típicos de quem comercializa drogas. Ainda mais quando encontramos, além da balança de precisão, outros indícios de tráfico como cocaína e embalagens apropriadas”, comentou Adenilson.
A suspeita foi presa em flagrante. De acordo com a polícia, ela é sogra do suspeito de tráfico de drogas Geílson Cândido, de 34 anos, mais conhecido como “Nil”. Além da sogra, a esposa de “Nil”, Lucimar de Jesus, de 34 anos, também foi presa. Dois menores foram ouvidos e liberados.
RECEPTAÇÃO
Durante as abordagens, um netbook chamou a atenção dos policiais. O aparelho eletrônico estava com o selo de uma loja. “Ao conferirmos o nosso sistema informatizado, constatamos que o computador havia sido furtado em fevereiro deste ano. Logo suspeitamos do crime de receptação”, disse Adenilson.
O militar explicou que essa é uma prática comum em Manhuaçu, principalmente envolvendo usuários de drogas. Eles furtam e repassam o produto por um preço menor para conseguir principalmente crack.
Duas pessoas foram presas.
OPERAÇÃO “CAÇA-XERIFE”
Um dos maiores traficantes de Manhuaçu foi preso no dia 9 de setembro durante a operação “Caça Xerife” realizada pela Polícia Militar nos bairros Engenho da Serra e Santa Terezinha. “Westh”, como é conhecido o suspeito, era tido como uma espécie de chefe local e amedrontava os moradores. Ele está preso na Penitenciária de Manhuaçu.
Segundo o serviço de inteligência da Polícia Militar, “Westh “vinha utilizando, inclusive, mão de obra de usuários de crack para a construção de uma casa na região da rua Cândido Cerqueira, próximo ao antigo Galpão da Rede Ferroviária.
As informações são do Diário de Manhuaçu