Portal Caparaó - Eleição da Câmara de Santa Margarida vira caso de polícia
Política

Eleição da Câmara de Santa Margarida vira caso de polícia

08/01/2013 - Atualizado em 08/01/2013 08h34

Alaor vai recorrer à Justiça

Lucinho também considera que houve uma manobra na votação

A eleição para definir a nova mesa diretora da Câmara Municipal de Santa Margarida, realizada no dia 1º de janeiro, está sob suspeita. Isso porque, pela primeira vez na história política da cidade, houve duas votações distintas para a escolha do presidente, vice e secretário.

Na primeira eleição, Alaor Pedro de Oliveira (Alaor da Oficina PP) foi declarado presidente. Ele tinha como vice o vereador José Lucio Barbara (Lucinho do Nenem Barbara PP), e secretário Antonio Paulino Santana (Toninho Santana PTB). A chapa encabeçada por Alaor concorreu com uma outra, que tinha o vereador Messias José dos Reis (Messias do Zé Vitalino PT), como presidente;  Marconi Antônio de Freitas (PV), o vice; e Gilmar Miranda (PSDB), o secretário. Na segunda eleição, Messias foi eleito presidente.

De acordo com o vereador Alaor, antes da primeira eleição a Câmara se reuniu, juntamente com seus assessores, e definiram que o sistema de disputa seria entre uma chapa contra a outra. “As cédulas já estavam devidamente assinadas pelo então presidente interino da Câmara, Messias. Todos os vereadores votaram e ao final a minha chapa foi a vencedora”, comentou Alaor.

As eleições transcorreram normalmente até o resultado. Ao saber que havia sido derrotado, Messias informou à chapa vitoriosa “que nós não poderíamos assumir, uma vez que éramos minoria na Câmara”, afirma Alaor. Em seguida, o vereador afirma que um grupo de pessoas, liderados pelo advogado Marcelo Pereira Lima, invadiu o plenário da Câmara. “Este advogado tumultuou todo o processo de votação para a escolha da mesa diretora e nos ameaçou”, completou o vereador.

O tumulto prosseguiu até que os ânimos foram se abrandando. Com os nervos mais calmos, Alaor afirma que Messias confeccionou novas cédulas e deu início a uma nova votação. “Inconformados com isso, nenhum dos vereadores de oposição votou. Como apenas a situação participou do pleito, deram a vitória para o Messias”, explicou Alaor.

O vereador disse ainda que antes da segunda eleição, ele e os membros da sua chapa foram devidamente empossados, mas que depois voltaram atrás.

ATA

O vereador afirma ainda que a confecção da ata foi realizada em clima de selvageria. “Até os nossos microfones eles cortaram. Não pudemos nos manifestar, falar nada. Além disso, depois de feita a ata, nada do que de fato aconteceu foi registrado, ou seja, a primeira eleição com a vitória da minha chapa não estava anotada”, lamentou.

Durante a assinatura da ata, alguns vereadores retificaram que havia erros no documento, ou seja, que não constava tudo aquilo que havia acontecido de verdade. “Quando eu fui assinar, retificando antes que havia equívocos na ata, o advogado Marcelo retirou o livro da minha mão. Além disso, impediu que os demais pares da Casa Legislativa assinassem a ata.

Ao final da solenidade de posse, a mesa diretora que venceu as primeiras eleições foi até a Polícia para registrar a ocorrência.

JUSTIÇA

Inconformados com o que aconteceu, a mesa diretora encabeçada por Alor afirma que vai acionar a Justiça Eleitoral para buscar seus direitos. “Estamos sendo orientandos e vamos entrar com representação contra a chapa que foi empossada”, comentou o vereador Lucinho.

A reportagem do Jornal Diário de Manhuaçu tentou contato com o presidente da Câmara empossado, Messias do Zé Vitalino, e com o advogado Marcelo Pereira Lima, mas não conseguiu falar com nenhum deles.

De acordo com a ocorrência registrada pela polícia, Messias se prontificou a apresentar as filmagens de toda a eleição. Já o advogado Marcelo Pereira Lima informou à polícia que retirou o livro das mãos de Alaor a mando do presidente da Câmara, pois Alaor estaria rasurando a ata.

Com informações do Jornal Diário de Manhuaçu

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