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Professores reclamam da água de Professor Sperber

25/02/2014 - Atualizado em 25/02/2014 12h33

PROFESSOR SPERBER / CHALÉ (MG) - A má qualidade da água que serve a Escola Estadual e as casas do distrito de Professor Sperber, em Chalé, é motivo de preocupação dos moradores. Eles reclamam que já pediram providências e até agora nada foi feito para solucionar a situação dramática que convivem.

A reclamação sobre a água foi feita ao Portal Caparaó. Com cópias dos ofícios e relatórios encaminhados ao Ministério Público e à Superintendência Regional de Ensino, professores e funcionários da escola estadual explicaram que desde 2008 têm pedido providências e nada avançou.

“Estamos com um problema muito grave em nosso distrito, a respeito da má qualidade de nossa água. Já pedidos providências e não podemos ser omissos perante essa triste realidade, pois isso implica um desrespeito aos nossos alunos e a toda a nossa comunidade”, lamentam no documento encaminhado para autoridades.

Em 2008, numa análise feita a pedido de um técnico da superintendência, o resultado é que qualidade da água era imprópria para o consumo e que seu uso poderia interferir negativamente no desenvolvimento dos alunos. Em abril de 2009, a direção da Escola Estadual Professor Sperber encaminhou um ofício para o Ministério Público, em Lajinha, no entanto até hoje o problema não foi solucionado.

PENEIRA DE NYLON

Um projeto desenvolvido com os alunos deixou a comunidade mais assustada. Estudantes fizeram uma visita à nascente que abastece o distrito, constataram um cachorro em avançado estágio de decomposição na beira do córrego e observaram ainda grande quantidade de lixo doméstico no percurso da água, além da presença de gado. “Durante o percurso pudemos constatar ainda a presença de fossas, esgoto doméstico, currais e chiqueiros, além da freqüência com que são lançados ossos e vísceras de gado de corte”, relataram.

O filtro que deveria funcionar como unidade de captação, tratamento e distribuição da água, está funcionando parcialmente, pois a água encanada chega à caixa d’água passando apenas por uma peneira, feita de saco de nylon e dali é distribuída a toda população sem nenhum tratamento.

PLACA ENFERRUJADA

Na praça central do distrito, uma placa afixada no local construção de poço artesiano, com recurso do Governo Federal, no valor de R$ 144.829,80, está completando três anos. A obra não foi executada e a placa está enferrujando.

“Venho pedir socorro em nome da comunidade aos governantes de nosso município para solucionar o problema de nossa água, em caráter de urgência. Constantemente estamos convivendo com animais mortos em cima da água, que não é encanada e escorre por um córrego. A água é considerada imprópria para consumo humano. a comunidade de Bananal pede socorro”, relata uma das professoras.

A reportagem continua aberta a manifestações da Administração e de outros órgãos sobre as providências que serão adotadas.

Com informações - portalcaparao@gmail.com

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