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Comunidade do Santa Luzia é chamada para ajudar escola

04/12/2015 - Atualizado em 04/12/2015 14h11

MANHUAÇU (MG) - O que era para ser motivo de muita dor de cabeça para moradores do bairro Santa Luzia, serviu para mostrar que muito vale quando uma comunidade se une em prol de uma causa. No último fim de semana, alguns vândalos invadiram as dependências da Escoa Municipal Sônia Maria Batista para "nadar" na caixa d'água da escola. Em tempos de escassez hídrica, 5 mil litros de água foram perdidos e, até a terça-feira, 24, os alunos ficaram impossibilitados de terem aula. Foi aí, então, que a direção convocou pais e responsáveis para uma reunião, quando foram conclamados a se tornarem parceiros da escola.

A adesão foi massiva. Na mesma terça-feira, 24, ao fim da tarde, o pátio da escola foi tomado pelos pais e responsáveis dos alunos, preocupados com a situação do educandário, que atende hoje cerca de 300 crianças do primário e do ensino fundamental. Não houve debates, discussões ou nada semelhante. A ocasião serviu para o bom e velho diálogo. Participaram da reunião o Poder Público, representado pela secretária de Educação, Gelvânia Câmara, e o vereador Paulo Altino; a Polícia Militar, com a equipe da ronda escolar; e a própria comunidade escolar, com funcionários da EMEI, alunos e pais.

Conforme enfatizou a secretária Gelvânia Câmara, é preciso que a comunidade compreenda que a escola é um bem público. "Por isso precisamos de uma parceria, precisamos de cidadãos que amem esse espaço. Quando houver essa ação conjunta com todos os setores envolvidos, nós com certeza teremos uma escola muito melhor" - defende Câmara.

Ela ressaltou que as providências que cabem à prefeitura, que são a mudança do local da caixa d'água e algumas adequações no muro da escola, já estão sendo tomadas junto à secretaria de Obras. "Mas a solução que nós temos, primeiro parte do social. Não adianta aumentarmos a altura do muro se as pessoas não tiverem consciência, porque vão achar uma forma de transpor o muro" - acrescenta a secretária.

"A questão é conversar, levar ao conhecimento dos pais o que tem acontecido" - defende Tenente Robson, do 11º BPM e responsável pelo policiamento no bairro Santa Luzia. "A polícia tem trabalhado muito nesse sentido de orientar, de esclarecer que as crianças precisam ser ensinadas, que os pais precisam saber o que seus filhos têm feito. E queremos parabenizar a essa comunidade, que compareceu em massa à reunião, cremos que isso vai render bons frutos" - finaliza o Tenente.

"Essa escola é um bem grande do bairro e nós defendemos uma parceria entre a instituição e os pais, onde eles se envolvam com o cuidado da escola, com o cuidado dos alunos" - diz o vereador Paulo Altino. "Esperamos que com essa reunião a gente possa avançar. Quando a comunidade participa nós ganhamos" - defende o representante do Legislativo.

"Foi com muita satisfação que recebemos as pessoas e, principalmente por terem atendido nosso pedido tão prontamente, visto que foi uma reunião urgente" - alegrou-se a diretora da escola, Laisa Filgueiras.

"Chegar aqui e encontrar esse grande número de pessoas, ver o interesse da comunidade em resolver essa situação, é gratificante. Sabemos que a escola é um bem comum, um patrimônio da cidade. E esse empenho de todos é importantíssimo, embora não tenhamos muitos problemas internos aqui. Esse foi um caso isolado, mas que precisa ser tratado para que não se agrave" - pondera.

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