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Segurança

Caso Bernardo: Nelito é libertado e diz que prisão foi armação

24/07/2008 - Atualizado em 25/07/2008 16h26

No início deste mês, o delegado Cristiano Augusto Xavier deu voz de prisão a Nelito na tarde de sábado em sua casa na rua do Rosário em Santa Margarida. Com a notícia, o ex-prefeito sofreu um edema pulmonar grave e quase morreu. Nelito infartou no dia 17 de maio de 2008, fez uma angioplastia no Hospital Madre Teresa em Belo Horizonte e estava recuperando-se.

Nesse intervalo, segundo seus advogados, o ex-prefeito foi intimado pelos promotores para prestar depoimento e enviou atestado médico que comprovam sua saúde debilitada. O Ministério Público insistiu para que ele fosse assim mesmo e mandaram nova intimação que foi aceita e novamente enviado o atestado solicitando um período necessário antes para sua recuperação. Depois que o juiz titular tirou férias, os promotores apresentaram novo pedido e, no dia 04 de julho, foi decretada a prisão preventiva.

A  AUDIÊNCIA 

Na terça-feira, Nelito foi levado para audiência na presença da juíza Renata Bonfim, acompanhado de seus advogados Dr. Afrânio Otoni, Dr. André Myssior e Dr. Giorgio Collina, do escritório Abi-Ackel Advogados Associados, de Belo Horizonte.

Segundo fonte do Portal Caparaó, ele prestou todos os esclarecimentos e disse que foi vítima de um “atentado contra a sua vida, já que os promotores sabiam de antemão que ele poderia morrer se fosse conduzido para cadeia de Manhuaçu, como fora determinado”. Nelito apresentou sua defesa negando o teor da denuncia que considerou maliciosa e caluniosa e se disse tranqüilo pois “nunca fez mal a ninguém, muito menos ao Bernardo”.

Logo após seu depoimento Nelito foi autorizado a voltar para o hospital em Santa Margarida.

ACORDÃO

Os advogados de Nelito argumentam que a denúncia contra o ex-prefeito foi um plano arquitetado para incrimina-lo por causa do seguro de dois milhões e meio de reais.

Wellington Martinez, o réu confesso do assassinato, teria sido contemplado pelo programa de proteção a testemunha, saiu da cadeia e está preso no batalhão.

Segundo a denúncia, pessoas interessadas no seguro teriam feito um grande acordo em que abafariam o inquérito apurado de suicídio, Wellington incriminaria o Nelito, que morreria devido a sua saúde debilitada, e o dinheiro do seguro seria liberado.

Os mentores e participantes da nova história receberiam 750 mil reais.

Na audiência de terça-feira, Edmardo Antônio e Wellington Martinez teriam contado toda a história do suposto acordão e que tudo foi armado para incriminar o ex-prefeito. Eles teriam mantido a história de que Bernardo contratou a própria morte para deixar o seguro para sua família.

Na terça-feira, diante desse novo quadro, o Dr. Afrânio Otoni solicitou à juíza que, “tendo em vista o teor dos depoimentos prestados, sobretudo do réu Wellington, invocando os princípios da inocência e da razoabilidade e da proporcionalidade, bem como a patente ausência de provas, a revogação da prisão preventiva de Nelito”.

Na quarta-feira, a Dra. Renata Bomfim determinou a revogação da prisão preventiva de Nelito.

Carlos Henrique Cruz - 24/07/08 - 23:43 - portalcaparao@gmail.com 

Foto Diário de Manhuaçu 

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