REDUTO (MG) - Familiares de Carlos Roberto da Silva, 37 anos, pedem Justiça no caso em que ele morreu após ser atropelado na avenida Fernando Lopes, no Centro de Reduto, no início de abril. Defesa do acusado divulga nota também.
Carlos Roberto foi encontrado caído na rua com ferimentos na cabeça, braços e pernas. Ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manhuaçu e morreu horas depois.
Testemunhas contaram que o veículo Fiat Pálio, placa MPG 1974 teria atropelado a vítima e fugido do local. Eles indicaram também quem era o motorista e onde morava.
Policiais foram até a casa do proprietário. O Pálio estava na garagem com parabrisa dianteiro quebrado e a frente danificada.
De acordo com o registro da PM, o condutor Amauri Eron da Silva Cruz, 36 anos, foi encontrado e relatou que passava na rua quando a vítima teria pulado na frente de seu veículo.
O motorista admitiu que havia consumido bebida alcoólica. O teste do bafômetro confirmou 0,78 mg/l de álcool no ar expelido.
No carro, havia uma garrafa pet com um litro de cachaça, cinco latas de cerveja e outros materiais. O carro foi removido e o motorista encaminhado para a delegacia de Polícia Civil.
VERSÃO CONTESTADA
Familiares entraram em contato com a reportagem do Portal Caparaó para manifestar a indignação com a versão do motorista.
“Pelos que testemunhas nos falaram, ele estava no acostamento e o carro veio em alta velocidade, o atingiu pelas costas e jogou longe. Depois, o motorista fugiu sem prestar socorro. Ele não se jogou na frente do carro. Todos sabem que meu irmão bebia, mas nesse dia do acidente ele não estava bêbado. Estamos esperando que a Justiça seja feita”, afirma a irmã de Carlos Roberto.
O acusado responde ao processo em liberdade.
DEFESA DIVULGA NOTA
Em nota o Dr. Abraão Lopes Ferreira, advogado do acusado Amauri Eron da Cruz, diz que "compreende a dor da família e lamenta a morte de Carlos Roberto da Silva mais uma vítima de acidente de transito. Relatou a esta que reportagem que quando a PM realizou o teste do etilômetro o defendente estava na casa de um vizinho a aproximadamente hora depois do acidente e lá havia consumido álcool.
O acusado não parou no local do acidente temendo agressões, entretanto, tão logo chegou em sua residência pediu para que sua companheira fosse até o local e prestasse a assistência necessária. Amauri Eron responde ao processo em liberdade, pois teve sua prisão relaxada pela 1ª Vara Criminal de Manhuaçu".
Ele ainda pontuou que "acusado e vitima eram amigos e ambos vitima do destino".
Redação do Portal Caparaó