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Economia

Receita aperta o cerco a empresas "laranjas" em Manhuaçu

17/05/2007 - Atualizado em 20/05/2007 20h37
A unidade vai receber oito funcionários oriundos dos dois órgãos em até um mês, quando terminam as reformas da sede, no Manhuaçu Shopping. Ele destacou que a fusão dos setores de arrecadação da Receita Federal e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) ainda demora cerca de dois anos. “É um processo gradativo por conta dos sistemas que cada uma utiliza. Aos poucos será tudo centralizado na nova Receita Federal do Brasil”, explicou.

APOIO POLÍTICO

Na conversa com os empresários, ele argumentou que falta uma ligação maior entre a classe empresarial e os políticos. “Eu achei interessante o prefeito entregar uma placa para o Grupo Olam na inauguração do armazém na semana passada, enquanto não vemos essa mesma ligação aqui. O empresariado gera empregos, renda e outras vantagens, além de problemas, como a falta de planejamento que vimos aqui durante o sábado, véspera de dia das mães”, afirmou.

Segundo ele, por falta de um deputado federal junto a administração, Manhuaçu está sendo prejudicada. “Já saímos perdendo na Super Receita. Enquanto arrecadamos muito mais do que Teófilo Otoni, fomos classificados como Agência Classe B, enquanto lá foi definida como nível A. Se o Mário Assad Júnior, apoiado pelo governo, não se elegeu, é preciso buscar outro. Manhuaçu está acéfala de deputado federal”, afirmou.

José Antônio contou que em Teófilo Otoni, a presença de um parlamentar foi essencial na classificação. Ele também falou de Muriaé, cidade-pólo que era atendida pela agência de Cataguases e usou do empenho de seus dois deputados federais para reabrir a agência. “Caratinga também utiliza da força dos seus deputados federais, mesmo com uma arrecadação cinco vezes menor do que a nossa agência”, destacou.

O supervisor explicou que Sebastião Costa tem se mostrado um defensor da cidade na esfera estadual e comparou o que o deputado federal João Magalhães fez pelo Hospital César Leite. “Enquanto vemos hospitais fechando, o nosso está se mantendo bem, mas é através desses recursos. Contudo, só conseguimos o dinheiro, porque o deputado defende o HCL”, exemplificou.

Ele ainda alertou: “Enquanto estamos perdendo, Manhumirim já entrou na disputa por conseguir o porto-seco (Estação Aduaneira de Interior). Ela estava saindo para Manhuaçu, mas agora já existe um empenho da outra cidade”.

EMPRESAS LARANJAS

O que mais chamou a atenção no encontro foi a fiscalização. Da média mensal de 40 empresas que eram abertas nas 32 cidades da região da Agência de Manhuaçu, 25 não estão conseguindo abrir. Os motivos são diversos, mas a maior parte eram empresas laranjas.

Ele diz que em dois anos a fiscalização vai estar reduzindo significativamente a presença dessas firmas fictícias. “Acabar eu acho impossível, mas vamos reduzir muito isso. Além de impedirmos a abertura de novas, a fiscalização acaba tirando essas existentes do mercado”, adiantou.

ENCONTRO DE PREFEITOS E VEREADORES

Foi anunciada a realização do terceiro Encontro de Prefeitos e Vereadores. A palestra de abertura foi confirmada com a presença do Secretário de Estado de Saúde Marcus Pestana.

A Aciam também debateu a polêmica interdição do Espaço Cultural da Fumaph. A entidade defendeu que é preciso criar alternativas para grandes encontros, simpósios, feiras e seminários.

O empresário Everardo Pessoa anunciou os investimentos do Grupo Santa Clara em Manhuaçu. A unidade está sendo ampliada em sua capacidade de armazenamento e vai aumentar sua atuação no estado ainda mais com o Café Três Corações, torrefação adquirida pelo grupo em 2004.

Everardo também ressaltou a parceria com o Sesi Cat Nagib Mansur para incentivo ao esporte em Manhuaçu.

Já o empresário Laurentino Xavier anunciou a construção da nova sede da Ipiranga Distribuição na Ponte da Aldeia, depois da venda do imóvel antigo para a Santa Clara. “Iremos centralizar as atividades de Governador Valadares na nova unidade aqui de Manhuaçu”, afirmou.   Carlos Henrique Cruz - 14:36 - 17/05/07 

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