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Segurança

Polícia Civil cumpre mandados em operação de combate à violência contra a mulher

14/05/2019 - Atualizado em 14/05/2019 15h30

MANHUAÇU (MG) - Polícia Civil realizou operação de combate ao crime contra a mulher na região de Manhuaçu na sexta-feira, 10/05. A ação mobilizou 18 policiais civis. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. As medidas tinham alvos nas cidades de Manhuaçu, Reduto e Simonésia e o distrito de Santo Amaro de Minas.

“Os crimes são relacionados à Lei Maria da Penha. As duas pessoas presas foram por descumprimento de medida protetiva. A gente sempre fala aqui que medida protetiva é uma segunda chance ao agressor de não ser preso, um aviso: ‘não se aproxime, não mande mensagem, não telefone, não procure!’. Mesmo assim as pessoas desobedecem a ordem judicial. A punição é a prisão”, explica a delegada Adline Ribeiro, responsável pela Delegacia de Crimes Contra a Mulher.

Os mandados de busca e apreensão foram baseados em ameaças recebidas por mulheres que denunciaram seus agressores à polícia. “As buscas se deram pelo motivo de que as vítimas estavam sendo ameaçadas através de mensagens, palavras e até exibição de armas de fogo. Na casa de um dos denunciados, em Reduto, foram encontradas drogas, dinheiro e material relacionado ao tráfico de drogas”, explicou a delegada.

Dra. Adline reforçou a importância da denuncia por parte das vitimas de agressão. “Quando afirmamos que os registros de denúncias têm aumentado não quer dizer que o índice de violência tem crescido. Os números sinalizam que as pessoas, de modo geral, têm procurado cada vez mais ajuda. Não somente a mulher agredida, mas um parente, os filhos, um vizinho, um amigo. Esse núcleo de pessoas que convivem com quem é agredido também tem colaborado para a efetiva aplicação da Lei Maria da Penha”, destacou Dra. Adline.

Cherubim

A operação recebeu o nome de “Cherubim”, faz referência ao caso Jane Cherubim -mulher de Espera Feliz que foi agredida pelo ex-namorado, na região de Pedra Menina (ES) e que foi notícia em todo o país.

A intenção da operação é coibir crimes como esse, bem como demonstrar o compromisso da Polícia Civil em zelar pela segurança da mulher. “Queremos evitar que as ameaças e agressões cheguem ao feminicídio”, ressalta.

A lei alterou o Código Penal, como a introdução do parágrafo 9, do Artigo 129, possibilitando que agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. “Estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas. A legislação aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos; a lei prevê, ainda, medidas que vão desde a remoção do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida”, finaliza.

Jailton Pereira - jailton@portalcaparao.com.br

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