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Cooperativa Aguapé cobra pagamentos atrasados da Prefeitura de Manhumirim

26/03/2020 - Atualizado em 26/03/2020 13h51

MANHUMIRIM (MG) - Os catadores integrantes da Cooperativa Aguapé, que há 12 anos atuam na reciclagem em Manhumirim, estão preocupados com os problemas que poderão enfrentar durante o período de contenção do COVID-19, pois com o fechamento de comércios, a única fonte de renda certa que o grupo tinha está ameaçada uma vez que o comércio de materiais recicláveis também está paralisado. No início da tarde, após a divulgação da matéria, a Prefeitura de Manhumirim realizou um pagamento de uma parcela do contrato de prestação de serviço da Cooperativa Aguapé sinalizando esforços em retomar as negociações para dar as garantias de renda aos nossos cooperados no período de crise. 

Neste cenário de desolação, a única saída que o grupo apresenta para não passar por dificuldades ainda maiores é que a Prefeitura Municipal de Manhumirim pague as parcelas atrasadas que deve à cooperativa pelo contrato de prestação de serviço. A organização possui contrato ativo e vigente com o poder público para o serviço de coleta seletiva, mas não tem recebido o pagamento. Atualmente já estão atrasadas 10 parcelas do contrato, totalizando uma dívida de mais de R$ 155 mil reais da prefeitura com os catadores.

Os catadores também destacaram que a gestão municipal atual, comandada pelo vice-prefeito Carlos Alberto Gonçalves é responsável pela metade das parcelas atrasadas. “O prefeito alega a impossibilidade de fazer o pagamento por serem da gestão do prefeito Luciano Machado, mas esquece que ele está na prefeitura há 7 meses e que neste período só pagou duas prestações à cooperativa”, afirma José Weber, apoiador da cooperativa.

Os catadores apresentaram na última segunda-feira suas recomendações à prefeitura para que no período em que durarem as medidas de contenção do COVID-19 que a prefeitura pague 2 parcelas mensais do contrato e com isso garanta a renda mínima dos catadores. Apesar da grande repercussão nas redes sociais do vídeo onde a cooperativa apresenta e justifica suas solicitações à prefeitura, segundo eles, a Prefeitura Municipal ainda não respondeu, nem os procurou para uma negociação.

Segundo a presidente da Cooperativa Aguapé, Selma Aparecida, o grupo continua aguardando que as autoridades municipais atendam ao pedido e que já solicitaram apoio ao Ministério Público para garantir o pagamento. “Ou a Prefeitura paga parte do que deve à Cooperativa nesse período em que não estamos conseguindo vender os recicláveis ou então estará abandonando mais de vinte pessoas que correm risco de passar fome no período por falta de recursos financeiros para sustentar o período de paralisação”, disse ela.

A Cooperativa Aguapé é uma organização que há mais de 12 anos atua na coleta seletiva em Manhumirim, tendo ganhado destaque e premiações nacionais pelo trabalho que realiza na cidade. A Coleta Seletiva realizada por ela já atende 15 dos 16 bairros de Manhumirim além de alguns Pontos de Entrega Voluntária em algumas localidades da zona rural.

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