MANHUAÇU (MG) - Com o avanço da tecnologia e o aparelhamento da Receita Federal, o cruzamento de informações fiscais está cada vez mais preciso. Para evitar a malha fina na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025, o contador André Farrath, da Ética Contábil Jurídica, destaca os principais erros que podem levar problemas ao contribuinte.
O preenchimento errado continua sendo um dos principais motivos de retenção na malha fina. Em 2024, 58% das irregularidades foram relacionadas à apropriação indevida de despesas médicas, enquanto 28% foram decorrentes da omissão de receitas.
Segundo André Farrath, casais que fazem declarações separadas devem decidir em qual das declarações os dependentes serão incluídos. “O lançamento duplicado pode ser identificado pela Receita Federal e levar à malha fiscal por apropriação indevida”, pontua.
Ganhos como aluguéis recebidos, operações na Bolsa de Valores e auxílios do governo devem ser informados corretamente. A omissão desses valores pode ser facilmente detectada pelos sistemas de cruzamento de dados da Receita Federal.
Após o cruzamento do PIX se tornar uma ferramenta de fiscalização, alguns contribuintes passaram a evitar pagamentos via cartão de crédito, PIX e cheque, optando por transações em dinheiro. “A Receita Federal cruza informações por meio da emissão de notas fiscais e registros em cartórios. Compras de veículos, imóveis e outros bens de alto valor geram registros em sistemas como o SPED Fiscal, DIMOB e E-Financeira, facilitando a identificação de inconsistências”, detalha.
Mesmo aqueles que não são obrigados a declarar o IRPF devem ficar atentos. Bancos e instituições financeiras têm exigido cada vez mais a declaração de Imposto de Renda como comprovante de renda para concessão de crédito e outras operações financeiras.
“Para evitar problemas com a Receita Federal, é essencial preencher a declaração corretamente, declarar todas as receitas e despesas e ficar atento às regras vigentes. O acompanhamento de um contador pode ser fundamental para garantir a regularidade fiscal e evitar complicações futuras”, completa Farrath.