MANHUAÇU (MG) - No último dia 29 de maio, o espaço Coffee Valley, em Manhuaçu (MG), sediou a apresentação dos resultados do projeto de extensão “Falando e Curando”, idealizado e conduzido por estudantes do curso de Medicina do UNIFACIG, sob a supervisão do pesquisador e professor Dr. Igor de Souza Rodrigues.
O evento reuniu representantes de instituições-chave da saúde e assistência social da cidade, como APAC, APAE, Núcleo do Câncer, CAPS II, além das psicólogas Alessandra Nery e Geslane Ker Marrara, e o psiquiatra Dr. Pedro Campelo.
Com uma proposta inovadora, o projeto promoveu rodas de conversa terapêuticas com diferentes públicos em situação de vulnerabilidade. As ações foram divididas em seis frentes, alcançando desde pacientes oncológicos e em hemodiálise, até mães de crianças com TEA, profissionais da saúde, usuárias do acolhimento institucional infantil (DAREI) e usuários do CAPS AD III.
Durante o encontro, os estudantes compartilharam a metodologia aplicada — fundamentada na escuta ativa, empatia e construção de vínculos simbólicos — além dos resultados obtidos. As análises apontaram redução significativa no sofrimento psíquico, fortalecimento de vínculos interpessoais e melhora na sensação de bem-estar dos participantes.
Relatos emocionantes também marcaram a apresentação. Histórias de mães exaustas, pacientes em dor crônica e usuários em processo de reabilitação emocionaram o público presente, evidenciando o impacto humano do projeto.
Para o professor Igor Rodrigues, o “Falando e Curando” vai além da prática acadêmica:
“A iniciativa alia formação ética e humana à prática clínica e comunitária, oferecendo aos alunos uma imersão real nas demandas emocionais dos grupos atendidos”, destacou.
A proposta foi estruturada como um modelo terapêutico coletivo, alinhado aos princípios do SUS e adaptado à realidade de Manhuaçu. Segundo os organizadores, o objetivo é estreitar laços entre a universidade, os serviços públicos e a comunidade.
O encontro reafirmou o compromisso do curso de Medicina do UNIFACIG com uma formação integral, que une conhecimento técnico, sensibilidade social e responsabilidade cidadã. Ao final, foi reforçada a intenção de ampliar o alcance do projeto, expandindo as rodas de escuta para escolas, unidades básicas de saúde, abrigos e instituições de longa permanência. A experiência foi reconhecida pelas instituições parceiras como um marco na integração entre ensino superior e cuidado psicossocial em Manhuaçu.