MANHUAÇU (MG) - O “Caos no trânsito de Manhuaçu” foi pauta de uma audiência pública, realizada na noite desta quinta-feira,17, na Câmara de Vereadores, promovida pelo vereador Misrael da Matinha. O assunto já foi discutido por diversas vezes, juntamente órgãos governamentais e sociedade civil, para juntos encontrarem uma alternativa, diante de um problema gravíssimo, que se torna cada dia mais desafiador, com o aumento da frota de veículos na cidade, que não oferece estrutura capaz de comportar carros, motos, bicicletas e pedestres.
Embora convidadas diversas autoridades, entidades, usuários e representantes de entidades, poucas pessoas participaram da audiência pública, voltada para discutir o problema, buscar soluções com o envolvimento de diferentes setores da sociedade. Dos 17 vereadores que compõem o Legislativo, apenas sete participaram do debate. Os demais estavam em compromisso previamente agendado.
Pontos críticos foram apontados pelos representantes da sociedade, que se inscreveram para falarem na Tribuna, apresentando algumas sugestões, que, se forem colocadas em prática, com tomada de decisões sobre o trânsito, garantindo que as necessidades da população sejam atendidas, algo pode melhorar. É preciso educar pessoas que diariamente circulam pelas ruas de Manhuaçu. Muitas sentem na pele a falta de sensibilidade, falta de paciência de muitos que sequer colaboram para reduzir os riscos de acidentes e vítimas. A participação popular marcou as discussões, durante a exposição dos transtornos causados à população e, na busca por alternativas que possam amenizar os problemas enfrentados.
O comandante da 72ª Cia de Policiamento, Tenente Maxwell, apresentou dados referentes a atuação da Polícia Militar, abordagens e orientações, para melhor fluidez do trânsito. De acordo com o Oficial, o efetivo está bastante reduzido com apenas 62 policiais militares. Ainda encontram uma série de dificuldades, para acompanhar a dinâmica do trânsito atualmente e, os policiais não têm formulário para confeccionar o Auto de Infração de Trânsito (AIT). “Contamos com as câmeras sofisticadas instaladas na cidade. Acompanhamos o movimento, através do monitoramento contínuo para buscar melhoria. A área central é muito movimentada e, a demanda é crescente. Com a falta de material (talão), a gente continua trabalhando para melhorar o trânsito na cidade”, destaca Ten. Maxwell.
Outros que manifestaram sobre os problemas e a busca de soluções, também foram incisivos quanto as medidas que podem ser tomadas, para reduzir esse impacto que o trânsito causa e dificulta a mobilidade urbana. Alternativas para mudar o tráfego em algumas ruas estreitas, falta de semáforos, otimizar vias laterais na BR 262, reduzir conversão à esquerda e educação dos usuários da via urbana foram apontadas como problemas e soluções.
Ao final do evento, as sugestões levantadas foram listadas e serão encaminhadas à Prefeitura Municipal de Manhuaçu, por meio de ofícios. Para o vereador Misrael da Matinha, a participação da população foi importante, bem como das pessoas que fizeram uso da Tribuna discutindo o problema. “Queremos encontrar soluções eficazes para os problemas do trânsito, e melhorar a qualidade de vidas dos cidadãos. Infelizmente, para termos solução, com certeza terá transtorno. Ter coragem para mudar será uma necessidade do Executivo e, de todos nós”, pontua Misrael da Matinha.
Em entrevista, o coordenador do Departamento de Trânsito de Manhuaçu, Hudson de Souza Leite disse que, o trânsito é um desafio constante e, para isso torna-se importante a audiência pública, onde as pessoas podem expor suas ideias e trazer sugestões. Segundo ele, cada um vive uma realidade diferente, numa cidade que cresce dia a dia. “Vamos acolher todas as sugestões, fazermos um estudo bem detalhado e colocar em prática. O trânsito de Manhuaçu é desafiador, mas com a participação da população, as melhorias podem acontecer. Além disso, campanhas educativas serão importantes, juntamente com a melhoria na sinalização e, a responsabilidade de cada um”, ressalta Hudson Leite.
Eduardo Satil | Fotos: Eduardo Satil e Jailton Pereira