Evento em Manhuaçu celebra resistência e protagonismo da mulher negra

MANHUAÇU (MG) - O evento “Mulheres Negras, Força e Resistência” marcou uma noite simbólica em Manhuaçu, com atividades culturais e debates que integraram a programação do Julho das Pretas. A ação reuniu representantes da comunidade, autoridades e especialistas de diversas áreas.

Durante o encontro, foi realizada uma roda de conversa com mulheres negras de destaque nacional e regional. Entre as participantes estavam Winnie de Souza Juvenato (assistente social e jurista), Negra Jô (ativista cultural), Pollyana da Costa e Silva (professora e pesquisadora), Núbia de Oliveira (artista e escritora), Dra. Luivia Virgílio (advogada e especialista em políticas públicas), Fabrícia de Souza (afroempreendedora) e Fátima Alice (umbandista e influenciadora).

As convidadas compartilharam vivências que evidenciam os desafios enfrentados frente ao racismo estrutural e à desigualdade de gênero, destacando a importância da presença negra em espaços de decisão e liderança.

CULTURA E ANCESTRALIDADE

O grupo de dança Pérola Negra emocionou o público com uma apresentação que resgatou elementos da ancestralidade africana. Já o Movimento Incena levou ao palco a força de Tereza de Benguela, líder quilombola homenageada no 25 de julho, data que celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Autoridades locais participaram do evento, como a Secretária de Ação Social, Sandra Arminda Mello, o representante da Secretaria de Cultura e Turismo, Daniel Clemente, a vereadora Adenilza da Saúde e o diretor da Casa de Cultura Radialista SJ de Morães. A presença institucional reforçou o compromisso com políticas públicas voltadas à equidade racial e de gênero.

JULHO DAS PRETAS

Criado pelo Instituto Odara em 2013, o Julho das Pretas chegou à sua 10ª edição com o tema “Mulheres Negras no Poder, Construindo o Bem Viver”. A campanha nacional destaca o protagonismo da mulher negra e fortalece a luta por direitos e representatividade.

O evento em Manhuaçu reafirmou que a trajetória da mulher negra é marcada por resistência, sabedoria e construção coletiva.