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MANHUAÇU (MG) - Mais uma vez, a saúde no município de Manhuaçu foi tema de audiência pública, proposta pela Comissão Permanente de Saúde da Câmara de Vereadores. Na pauta, a construção inacabada do anexo 1 e a obra em andamento do anexo 2 do HCL, o congestionamento no serviço de Urgência e Emergência, a demora para a classificação do Protocolo de Manchester, critérios para classificar, informações sobre os recursos recebidos diretamente dos cofres públicos do município, sua destinação, informações sobre as emendas de vereadores e deputados recebidas, bem como a destinação.
Foram convidados, membros da Secretaria Municipal de Saúde, diretores e conselheiros do Hospital Cesar Leite, autoridades, secretários municipais e representantes de instituições. Um número significativo de funcionários do Hospital Cesar Leite, servidores da Secretaria Municipal de Saúde também compareceram à audiência pública. Embora um assunto de muita relevância para toda a comunidade, poucas pessoas foram à Câmara, para manifestarem a respeito do tema.
Na tribuna, o provedor do Hospital Martins foi categórico ao falar sobre a importância da instituição para os 23 municípios, além de Manhuaçu, que sempre buscam socorro para seus munícipes. Destacou ainda que, ao construir o espaço de Urgência e Emergência foi questionado se iria colocar grade proteção, a fim de evitar que pudesse haver depredação. “Aquele espaço é para garantir atendimento. Toda a nossa equipe é responsável e, todo esforço é feito para garantirmos bom o serviço. Sejamos responsáveis com as atitudes que estamos tomando, pois, todos sabem que morder a língua doe. Sejamos justos, sobretudo, com a verdade”, destacou Milton Martins.
O gerente de planejamento e projetos do HCL, Chardson Roberto da Paixão detalhou como os recursos são gastos, verbas recebidas de emendas parlamentares, número de atendimento, investimentos para garantir melhor condição aos pacientes e respondeu perguntas feitas pelos vereadores. Também apresentou números de atendimento, funcionários e a grandeza que o HCL representa para Minas Gerais. “ Em se tratando de atendimento via SUS, o HCL é o 15º hospital filantrópico na prestação desse serviço. Em Belo Horizonte somos respeitados e, infelizmente aqui em Manhuaçu é o contrário. Por isso apresentamos números para contrapor. Diante de algumas acusações, temos de defender nossa instituição”, pontuou o gerente de planejamento e projetos.
Para o Secretário Municipal de Saúde, Juliano Estanislau, o momento de discussão acerca da saúde no município foi importante, mas a ausência do representante da Superintendência Regional de Saúde e do Ministério Público Estadual foi sentida. Para ele seria importante, já que o HCL atende toda a região.
Alguns inscritos também puderam questionar sobre a situação da saúde no município, as dificuldades enfrentadas para o atendimento, a falta de médicos especialistas no período de feriado e, ainda apresentaram possibilidades que podem ser implementadas, iniciando na atenção primária. A audiência pública foi encerrada com pouquíssimas propostas elencadas, para o avanço na saúde.
Eduardo Satil / Fotos: Jailton Pereira