CARANGOLA (MG) - A Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), deflagrou nesta terça-feira (04/11) a “Operação Sterilis”, com o objetivo de combater um esquema de falsificação de fertilizantes na Zona da Mata mineira.
A ação, coordenada pelo delegado Dr. Thales Borges Muniz, ocorreu nos municípios de Carangola e Espera Feliz e teve como alvo empresas e indivíduos envolvidos na produção e comercialização irregular de adubos usados na cafeicultura regional. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.
Durante a operação, foram encontrados diversos sacos de adubos possivelmente adulterados, além de materiais usados para o reembalamento dos produtos. Fiscais do MAPA coletaram amostras que serão analisadas para confirmar a fraude.
Fertilizantes adulterados
Segundo a investigação, os suspeitos utilizavam resíduos industriais e misturavam esses materiais com fertilizantes de marcas conhecidas. As misturas, sem qualquer padrão técnico ou registro, eram vendidas como produtos originais, enganando produtores rurais de Divino, Orizânia, Carangola, Espera Feliz e Fervedouro.
Para ludibriar os agricultores, os responsáveis pelo esquema entregavam amostras visivelmente puras e, após a venda, forneciam produtos de baixa qualidade. O uso desses fertilizantes resultou em queda drástica na produtividade de lavouras e, em alguns casos, na perda total das plantações.
“Muitos produtores foram vítimas, acreditando comprar fertilizantes legítimos. O prejuízo afetou diretamente a renda familiar e contribuiu para o enfraquecimento da economia local, fortemente dependente da cafeicultura”, disse o delegado Thales Borges Muniz.
Alerta aos produtores
A Polícia Civil e o MAPA alertam sobre os riscos do uso de fertilizantes adulterados, que podem comprometer o solo e causar danos ambientais. As autoridades orientam que os insumos devem ser adquiridos apenas em estabelecimentos registrados no MAPA e no IMA, sempre com nota fiscal e verificação do registro do produto.
As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los criminalmente.
A operação contou com os investigadores Jardel Ferreira, Felipe Saluan, Rafaella Fumian, Mayla Binoti, Ricardo Azevedo, Ned Correia, João Walberto, Marco Antônio Salerno e José Climerio. Também participaram os fiscais federais do MAPA Leonardo Gianasi e Alfeu França de Oliveira.

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