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Segurança

Pedreiro morre soterrado em obra no Centro de Simonésia

17/11/2010 - Atualizado em 17/11/2010 09h35
Pedreiro Reinaldo da Cunha morreu soterrado em Simonésia

O pedreiro Reinaldo da Cunha, 31 anos, conhecido como Leão, morreu soterrado numa construção na Praça Getúlio Vargas, no Centro de Simonésia, na manhã desta quarta-feira, 17. Segundo testemunhas, ele trabalhava na escavação abaixo de um barranco de cerca de quatro metros, num lote que foi desaterrado na região central da cidade. A terra acabou cedendo e cobriu o corpo do pedreiro. Ele morreu no local.

O Corpo de Bombeiros de Manhuaçu foi até Simonésia e fez uma vistoria para avaliar os riscos de novos acidentes, solicitando a Defesa Civil da Prefeitura de Simonésia para tomar as demais providências. O pedreiro estava sem equipamentos de segurança individuais e morreu soterrado.

Segundo o Sargento Cláudio, do Corpo de Bombeiros, o risco de deslizamentos em períodos chuvosos é enorme. “Nessa época e com tantas chuvas, como as que temos visto, a terra fica mais vulnerável a deslizamentos. Era necessária uma contenção para que se evitasse isso, já que os funcionários estavam trabalhando logo abaixo e fazendo uma escavação”, destacou.

Já o Cabo Zini, da Polícia Militar, ainda explicou que no meio da terra caíram algumas pedras e concreto e pode ter havido uma lesão na cabeça. “Foi um acidente de trabalho e infelizmente a terra cobriu o corpo do pedreiro, matando-o na hora. Rapidamente os funcionários da obra conseguiram retirar o rapaz, mas já estava sem vida”, afirmou.

A perícia esteve no local. Zinis afirmou que a obra foi interditada até que um especialista avalie os riscos de novos deslizamentos de terra e autorize a continuidade da construção.

“É um fato triste e lamentável ver um rapaz conhecido, trabalhador, que deixa sua esposa e filha. Infelizmente, fica uma lição de que é preciso tomar providências de segurança e de usar os equipamentos de segurança. Fomos informados que a obra tem os equipamentos individuais, mas muitos operários não utilizam por não estarem habituados. Pode até ser que não evitassem o que aconteceu, mas fica essa incógnita de que eles foram feitos para ajudar e proteger”, afirma o Cabo Zini.

Divino Augusto - Rádio Cidade Simonésia

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