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Segurança

Tiro na escola: Delegada fala sobre a morte de criança de 9 anos

01/12/2010 - Atualizado em 01/12/2010 16h18
Crianças brincavam no fundo da escola

 

Um menino de 9 anos foi morto com um tiro na cabeça dentro de uma escola na manhã desta quarta-feira (1º) em Caratinga. Segundo informações da Polícia Militar, o autor do disparo foi um colega de classe da vítima, de 12 anos.

De acordo com a PM, a escola fica no bairro Santa Cruz. O menino chegou a ser socorrido por uma viatura, mas morreu a caminho do hospital.

O menor que cometeu o crime foi apreendido, junto com a arma usada, um revólver calibre 38, e encaminhado até a delegacia da cidade na companhia dos pais.

Rafael Silva de Assis morreu ao dar entrada no Pronto Atendimento Municipal de Caratinga. A criança foi atingida por um tiro na cabeça, disparado por um colega de escola e vizinho, um menor de 12 anos.

DEPOIMENTO

A delegada Nayára Travassos da Delegacia Especializada de Orientação e Proteção à Família se pronunciou sobre o depoimento do menor de 12 anos, na tarde desta quarta-feira (01), em entrevista coletiva. A partir de agora, o caso será decidido pela Justiça. 

O menino que atirou foi conduzido até a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil acompanhado de uma representante do conselho tutelar, onde prestou depoimento à delegada. Segundo ela, o menor de 12 anos alegou que achou a arma em casa e levou para a escola, pedindo outro colega para guardar na mochila.

Na hora do recreio, ele chamou a vítima para brincar com a arma de fogo nos fundos da escola. O revólver não estava totalmente municiado. Durante uma brincadeira de atirar, Rafael puxou o gatilho e a arma não disparou. O menor de 12 anos pegou a arma para repetir a ação do colega e acabou disparando acidentalmente contra a vítima.   

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Há suspeitas de que arma de fogo pertence ao adolescente “Ferinha”. Ele foi preso acusado de cometer um assalto esta semana, em um supermercado do bairro Santa Cruz. Agora a polícia vai investigar o suspeito de ser o dono da arma. Segundo a delegada Nayára, o menor infrator confirmou que a arma é do “Ferinha”.  O menor é primo do dele e o viu esconder a arma após praticar o roubo.    

Ainda de acordo com a delegada, foi feito o auto de apreensão em flagrante do menor, e o caso seria apresentado ao Ministério Público ainda hoje. Ela também ressaltou que, o Promotor da Infância tomará as próximas providências, solicitando ao juiz o acautelamento ou não, do menor. “Mas isso vai ficar a cargo do Poder Judiciário e do Ministério Público”, afirmou a delegada Nayára.

COMO ACONTECEU

Rafael foi morto com um tiro na cabeça

Uma brincadeira terminou em tragédia nesta quarta-feira (01), por volta de 10 horas da manhã em Caratinga. Menor de 12 anos levou arma de fogo para a escola, e matou o colega com um disparo acidental. O caso foi registrado pela Polícia Militar dentro da Escola Municipal Barquinho Amarelo, situada no Bairro Santa Cruz.

O crime abalou os funcionários da escola e os moradores do bairro. Os alunos ficaram apavorados e tiveram que ser acalmados. Rafael Silva de Assis, de apenas 9 anos, foi atingido por um disparo de um revólver calibre 38 que estava nas mãos do menor de 12 anos.

A vítima foi socorrida ainda com vida e encaminhada ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora em estado grave pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Caratinga. Mas a criança não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

O tiro acidental acertou a cabeça de Rafael. Chocada, a enfermeira Juliana Araújo e o médico Vinícius Barbosa, funcionários do posto de saúde localizado ao lado da escola, prestaram os primeiros socorros à criança. A perita da Polícia Civil e a delegada Nayára Travassos estiveram na cena do crime para apurar o caso.

Segundo testemunhas, um dia antes do crime, os colegas de escola e vizinhos brincaram o dia todo. Raquel Martins, tia do garoto de 12 anos compareceu à delegacia. Ela negou qualquer desavença entre as crianças e denunciou que o sobrinho já chegou a ficar quinze dias sem frequentar a escola, pois o menor seria vítima de preconceito pela diretora. Mas isso ainda será investigado pela polícia.   

Édna Maria, avó do menor, também esteve na delegacia e negou a existência da arma na casa dela. "Eu nunca deixei ninguém entrar na minha casa nem com uma faca", afirmou a avó. A mãe e a irmã de Rafael compareceram à delegacia. Elas ficaram bastante abaladas ao saber do ocorrido. O sargento Marco Aurélio, responsável pela ocorrência também ressaltou sobre o caso. Segundo ele, o autor do disparo não fugiu, pois ficou muito assustado.

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