Está esclarecido o misterioso assassinato do garoto Mateus, 14 anos, do distrito de São Sebastião do Sacramento que foi encontrado com marcas de estrangulamento na noite do último dia 04, dentro do cemitério daquela localidade. Naquele dia, um rapaz de 17 anos e o outro irmão de 14 anos foram apreendidos, suspeitos de estarem envolvidos no crime.
Com base no depoimento prestado pelo adolescente, a equipe da Delegacia da Infância e da Juventude, coordenada pela delegada Lujan Pinheiro iniciou uma minuciosa investigação, juntamente com os agentes Alex, Ernesto Francisco e Maycon, para desvendar o que realmente havia ocorrido. A PM havia apurado que o adolescente tinha praticado furto em uma residência em Sacramento, acompanhado dos colegas de 17 e 14 anos. Também ficou sabendo que ele havia delatado tudo para o dono da casa. Diante dessa situação, o menor de 17 o levou até ao cemitério onde supostamente outras pessoas estavam aguardando.
Paulo Jerônimo e Juscelino foram apresentados pela equipe da Delegada Lujan Pinheiro |
Analisando o local onde o corpo foi deixado e vestígios no interior do cemitério,a polícia descobriu que, por onde passaram com o garoto desfalecido estava evidente que os dois garotos não haviam agido sozinhos. “O garoto foi morto na capela e, em seguida foi ocultado atrás de uma catacumba”.No dia seguinte, forjaram que depararam com o corpo e fizeram um “alarde”,destaca a delegada.
Contradição na reconstituição do crime
Inicialmente, Paulo Jerônimo de Oliveira foi trazido como testemunha do fato, mas algumas contradições no depoimento do acusado Juscelino Braga, acabou incriminando o coveiro e o vizinho como executores do crime, juntamente o adolescente, filho de Paulo Jerônimo.
Na última segunda-feira, o acusado Juscelino Braga entrou em contradição com o depoimento de que o garoto tinha sido estrangulado. A perícia técnica encontrou sinais de pauladas na cabeça da vítima e marcas pelo corpo. Durante a reconstituição do crime, ele acabou contando para os policiais que havia dado pauladas na cabeça do garoto e, que havia sido procurado e ameaçado por Paulo Jerônimo de Oliveira para assumir o homicídio sozinho. Apresentados à imprensa na tarde desta quarta-feira negaram as acusações. Em determinado momento, Juscelino Braga disse que estava sendo coagido e,que Paulo Jerônimo é temido em Sacramento.
Frase macabra marca o fim
“ X 9 tem que morrer”. A frase foi deixada na catacumba onde o garoto foi encontrado. Esse detalhe também chamou a atenção dos investigadores, para um crime macabro, cruel e teria como motivação a vingança ou queima de arquivo. Outro detalhe é que, somente Paulo Jerônimo tinha a chave da capela, local onde foi executado o garoto.
A delegada Lujan Pinheiro explica que, o inquérito policial possui provas robustas, que apontam a participação direta de Paulo Jerônimo de Oliveira, Juscelino Braga e o adolescente M. J.F.O, de 17 anos. Com o caso elucidado, a delegada Lujan Pinheiro pedirá o indiciamento dos do coveiro e do vizinho,para que sejam denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com