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O Juiz Criminal de Manhuaçu, Walteir José da Silva, condenou a advogada Eliane dos Santos Souza, a “Rainha do Pó”, 47 anos, a 16 anos de prisão. A pena dela e de mais sete acusados presos foi agravada por serem reincidentes no tráfico de drogas.
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| A advogada Eliane e outros sete foram condenados em penas de 13 a 16 anos |
Numa sentença com 28 páginas, extremamente detalhada e elaborada, o juiz criminal ainda condenou o marido de Eliane, Helenomar de Souza, foi condenado a 14 anos. A filha do casal, Dalila Cristina dos Santos Souza, recebeu pena de 13 anos de reclusão.
Além da família do tráfico, na sentença, o juiz criminal também julgou os chamados “súditos da rainha”. Todos foram condenados a 13 anos de prisão.
Luciano Aparecido Raimundo, o Xexênia, é citado como pessoa fiel a Eliane e aparece ligado ao tráfico desde a primeira apreensão, realizada em 2007, pela Polícia Federal. O porteiro do hotel da família e apontado como olheiro do tráfico, Lenildo Lima de Arruda, também foi condenado.
A mesma pena, receberam o namorado da Dalila, Sérgio Vasconcelos Cateringer; o irmão mais novo dele Erivelton Vasconcelos Cateringer; e Carlos Rabelo Werner, acusado de comprar as drogas da “Rainha do Pó” e revender em Manhumirim.
Walteir José da Silva negou o direito a todos de recorrerem da sentença em liberdade, alegando que existem motivos para manter a prisão cautelar, especialmente para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
A sentença é uma forma de resposta à sociedade depois que a advogada Eliane dos Santos ganhou a liberdade provisória, há dez dias. Ela conseguiu uma liminar ao habeas corpus através do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Numa primeira tentativa, havia sido negado. O mérito ainda não foi julgado. Ela, Lenildo e Dalila Cristina foram libertados, enquanto o marido e Carlos Rabelo não conseguiram o mesmo benefício.
Eliane, o marido e alguns comparsas foram presos em dezembro do ano passado. Em fevereiro, com base nos levantamentos da primeira ação, foram presos outros envolvidos, chamados pela polícia de “Súditos da Rainha”. Cerca de 16 quilos de cocaína, crack e pasta base de cocaína foram apreendidos no apartamento da advogada e um verdadeiro laboratório do tráfico com vários produtos químicos para preparar a droga.
Em abril de 2007, a Polícia Federal prendeu a advogada e outros comparsas depois de apurar que ela mantinha em seu escritório um laboratório de refino de cocaína. Foram apreendidos aproximadamente sete quilos de pasta de coca e cerca de vinte quilos de diversos medicamentos e produtos químicos, além de vários apetrechos para manusear, misturar e embalar a cocaína. Também havia 75 mil reais em dinheiro e 18 mil em cheques.
Com informações do Poder Judiciário