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Segurança

Policial Rodoviário é liberado da Polícia Federal

09/06/2011 - Atualizado em 09/06/2011 09h01

O Policial Rodoviário Federal Rogério Franklin de Assumpção foi liberado pela Polícia Federal em Governador Valadares depois que a defesa ingressou na Justiça para questionar a forma como a prisão aconteceu, no final da tarde de domingo, 05, em Realeza, distrito de Manhuaçu.

Integrantes da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal prenderam o policial Rogério Franklin por causa de uma acusação de corrupção. O caminhoneiro Luis Alexandre Jucowski, 54 anos, alegou que foi liberado numa fiscalização depois de pagar cem reais de propina ao policial.

Nos últimos meses, a corregedoria está apurando supostas denúncias de corrupção envolvendo policiais em Realeza. A forma como a prisão ocorreu é que justamente lançou as dúvidas.

Os policiais da corregedoria estão agindo de duas formas. Alguns ficam com uma filmadora gravando as abordagens dos policiais em Realeza. Quando desconfiam de alguma coisa, eles alertam outra dupla de policiais que ficam alguns quilômetros à frente para abordarem o mesmo motorista. Esse trabalho de conferência é para saber o que foi fiscalizado, se houve multa ou se o policial liberou o veículo com irregularidade.

DÚVIDAS

Segundo as informações obtidas com exclusividade pelo PORTAL CAPARAÓ, a filmagem mostra o Policial Rodoviário Franklin fazendo a abordagem ainda durante o dia e não no final da tarde. Outro ponto de dúvida é quanto ao procedimento adotado. O caminhão tinha dois problemas na vistoria feita pelo policial: o lacre da placa e a falta das faixas reflexivas superiores no baú. O veículo teria sido liberado por conta de um acidente em que os policiais tiveram que atender no mesmo momento.

Segundo Franklin, não abordou veículo algum durante a tarde de domingo no posto policial em Realeza e muito menos podia ter recebido alguma quantia para liberar alguém de fiscalização. No depoimento, ele explica que sentiu-se mal depois do almoço. “Fui deitar no posto policial, pois não me sentia bem. Acordei às 15:30 horas e assisti ao jogo do Vasco e Coritiba”, explicou lembrando até o placar de 5 a 1 para o Coritiba na partida. A única multa aplicada foi às 18 horas quando um motorista fez uma manobra na contramão em um posto de combustíveis. “Foi a hora que fui lanchar e flagrei esse indivíduo fazendo a conversão na contramão”, salientou.

PRISÃO

O PRF Franklin alegou ainda que não sabia que estava preso até a madrugada de segunda-feira. “Não sabia o motivo da corregedoria ter me prendido, ainda mais porque não recebi esse dinheiro”, afirmou alegando que tem 17 anos de serviço na Polícia Rodoviária Federal.

Ele tinha cerca de mil reais na carteira, notas promissórias e um cheque. Todos os valores foram declarados como o restante do dinheiro do pagamento de trabalhadores da colheita do café na propriedade dele, feito na sexta-feira, 03.

A defesa do policial mostrou que não havia valores nos bolsos ou algum outro lugar que indicassem a propina recebida. O principal questionamento foi justamente a prisão baseada na acusação do motorista depois que ele já tinha deixado o posto policial.

Na terça-feira, Rogério Franklin foi liberado da Delegacia da Polícia Federal em Governador Valadares.

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