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Caso Américo: Autor é condenado a dez anos

16/06/2011 - Atualizado em 16/06/2011 08h09

O Fórum Desembargador Alonso Starling ficou movimentado durante todo o dia de ontem (dia 15), por moradores de São João do Manhuaçu, que, em meio à expectativa e incerteza acompanharam o julgamento do lavrador José Gilmar Fernandes Praça “Gil Pé-de-Bicho, acusado de participar do assassinato do presidente da Câmara Municipal, vereador Américo Gonçalves Courrasdesqui, 32 anos.

O crime aconteceu no dia 5 de junho de 2009, em frente a sua casa no centro de São João do Manhuaçu. Américo Courradesqui foi surpreendido pelo assassino, quando lavava o carro que acabara de comprar. Foi alvejado por vários tiros, sem  nenhuma condição de reagir a ação de seu algoz.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado (motivo torpe, vingança e crime praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima).

Jose Gilmar Fernandes Praça chegou ao Fórum Desembargador Alonso Starling bastante tranqüilo e, durante o julgamento permaneceu de cabeça baixa. Em seu depoimento, por várias vezes entrou em contradição, mas admitiu ter matado Américo Gonçalves Courradesqui compelido pela emoção, para se ver livre das provocações feitas pela vítima, que, às vezes o constrangia e atribuía alguns adjetivos que o mesmo não gostava. “Não matei a mando de ninguém. Comprei o revólver porque estava barato. Apenas quis lavar minha honra”,disse o acusado.

Homicídio privilegiado e pena razoável

Depois ouvir os depoimentos, debate entre a acusação e defesa, o Conselho de Sentença reconheceu que José Gilmar Fernandes Praça não agiu por motivo de vingança e, sim pelo motivo de valor moral visto que a vítima o provocava, bem como seus familiares. O promotor de Justiça,Dr. Fábio Santana  explica que a pena foi bem aplicada e considerada “meio termo”. O MP não irá recorrer, entendendo que 10 anos e 5 meses é o suficiente para o acusado cumprir a pena e, ainda repensar sua conduta. “A desclassificação para homicídio privilegiado foi entendimento dos jurados e, a motivação foi o fato de a vítima ter apoiado o homem que assassinou o irmão do acusado”, cita o promotor.

A defesa do lavrador José Gilmar Fernandes, patrocinada pelos advogados Roberto Gomes e Alex Barbosa de Matos, a todo o momento sustentou que o acusado agiu compelido pela emoção. Dr. Alex Barbosa cria a expectativa de que o fato do STF reconhecer, que o homicídio privilegiado não é crime hediondo, José Gilmar possa ser beneficiado com a progressão de regime em outubro próximo.

O outro comparsa de José Gilmar Fernandes Praça, Cleidimar de Praça Freitas foi julgado em novembro do ano passado, condenado a 4 anos de prisão, o que garantiu o regime semi-aberto. Mas, já ganhou o livramento condicional. Para Dr. Alex Barbosa de Matos, a pena veio a atender os anseios sociais,pois, considera-se justa naquilo em que o acusado merecia ser punido.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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