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Vaqueiro que matou lavrador em Sacramento é condenado

09/11/2011 - Atualizado em 09/11/2011 09h33

O último julgamento do ano no Tribunal do Júri da Comarca de Manhuaçu aconteceu nesta terça-feira, dia 8. Sentou no banco dos réus, o vaqueiro Claudemar Marcelino de Oliveira, 33 anos, “Teobaldo”, acusado de ter assassinado no dia 3 de dezembro de 2006, em São Sebastião do Sacramento, o lavrador Antônio Dionísio Dias.

O crime aconteceu em frente a casa da vítima,quando ela estava sentada com uma bolsa com quatro mil reais. Usando uma espingarda, o vaqueiro aproximou-se e efetuou um disparo no tórax de seu desafeto, que faleceu no local.

Depois de cometer o homicídio, Claudemar Marcelino de Oliveira fugiu em companhia do pai e de dois irmãos, para um lugarejo entre as cidades de Pocrane e Aimorés.

A partir daí, eles mudaram várias vezes para dificultar a localização pela polícia.

Consciência pesada

Cansado de esconder da polícia por um período de cinco anos, o acusado do homicídio em São Sebastião do Sacramento, Claudemar Marcelino de Oliveira, “Teobaldo”, se apresentou no dia 01 de junho passado à Delegacia de Homicídios de Manhuaçu. O acusado contou que matou Antônio Dionísio Dias por motivos pessoais. Disse também que não sabia que a vítima tinha consigo dinheiro.

Claudemar Marcelino foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado. Levado a julgamento, o corpo de jurados acatou a tese defendida pela promotora Gianine Mota Maeli Miranda, que o acusado agiu por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa do ofendido.
A defesa de “Teobaldo”, feita pelos advogados Alex Barbosa de Matos e Roberto Gomes alegou que o acusado agiu em legítima defesa e sem a vontade homicida.
No final, foi lida a sentença pelo juiz Walteir José da Silva  e, dosada a  pena de 14 anos de prisão. O vaqueiro Claudemar Marcelino de Oliveira também responde a outros dois processos por  lesão corporal.

Pauta extensa na Comarca

A última pauta do ano foi bastante extensa, levando ao banco dos réus vários acusados de crimes de homicídio. A maioria dos acusados recebeu condenação de 14 anos de prisão. Somente o lavrador José Maria Evangelista, acusado de ter assassinado com 24 facadas e um tiro o seu algoz, João Dair Alves em 1997, na localidade de Santa Quitéria  recebeu condenação de 17 anos de prisão.

Para o juiz da Vara Criminal da Comarca de Manhuaçu, Dr. Walteir José da Silva há uma esforço entre o Judiciário, Ministério Público e serventuários da Justiça, para que o trabalho seja cada dia mais eficiente. “Através desses resultados nos julgamentos e condenações, entendemos que a Justiça é feita e a lei é aplicada com rigor na Comarca de Manhuaçu”,sintetiza o magistrado.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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