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Chuvas causam danos em toda a região

18/12/2011

As chuvas constantes desse mês de dezembro já causam prejuízos em várias cidades da região. Os problemas estão concentrados em quedas de barreiras em estradas e deslizamentos de barrancos que atingiram casas em vários municípios. A Defesa Civil e a Polícia Militar fizeram vários registros, mas felizmente não há informações de pessoas feridas.

MARTINS SOARES

Na noite de sábado, 17, um barranco veio a desmoronar atrás de uma casa no bairro Letícia. No córrego de Martins Soares, houve também a queda de um arvore, represando a água e uma segunda árvore ameaça a residência. O problema foi encaminhado para a prefeitura da cidade.

MANHUMIRIM

Já em Manhumirim, a Polícia Militar registrou ocorrências com relação a deslizamento de terra em dois locais. No domingo, 18, uma solicitação foi atendidas na rua Agripino Casqueiro, bairro Nossa Senhora da Penha. Na casa de Laerte José de Moraes, 57 anos, um muro veio a desabar, causando danos em seu imóvel. Ele teme que podem ocorrer mais desmoronamentos.

No sábado, na rua dos Trabalhadores, Bairro Nossa Senhora da Penha, o morador João Batista dos Santos, 57 anos, acionou a PM porque um muro de divisa de sua residência veio desabar causando dano em seu imóvel. A casa corre o risco de desabar. A queda do muro atingiu ainda a casa de Maria de Fátima Souza Silva, 52 anos.

Foram acionados os representantes da Defesa Civil de Manhumirim, que se encarregaram de acompanhar as situações.

RIO CASCA

Em Rio Casca, as fortes chuvas causaram problema semelhante na casa de Antônio Cândido Filho, 44 anos, na madrugada de sábado, 17.

Houve um grande deslizamento de terra em um barranco de um lote situado ao lado da casa dele, colocando em risco de desabamento parte de sua residência.

Ele foi orientado a desocupar o imóvel e procurar a Defesa Civil Municipal.

Já no domingo, parte de uma casa desabou no bairro Bela Vista. A moradora Nerci Aparecida da Luz Gonçalves Silva, 38 anos, contou que parte da moradia caiu durante a madrugada. Ela foi orientada a sair de casa, pois havia risco de desabar o que restou.

BOM JESUS DO GALHO

Em Bom Jesus do Galho, foram registrados dois deslizamentos de terra no sábado e domingo.
No primeiro caso, na rua Antônio Sabará, Bairro Raul Soares, o morador Geraldo Alves de Oliveira, 51 anos, chamou a PM depois que ocorreu deslizamento de terra que deixou a rua com rachaduras.

O local foi sinalizado para evitar o trânsito de veículo. Parte da terra da rua caiu próximo à garagem dele.

Já no bairro Colina, o morador José Vieira de Souza, 41 anos, informou que houve deslizamento do barranco nos fundos de sua residência, devido as fortes chuvas que caem na região. A terra derrubou a parede da casa vizinha, que está em obras, em seu quintal.

Os dois casos foram comunicados à Prefeitura de Bom Jesus do Galho.

18 MUNICÍPIOS

Dezoito municípios de Minas Gerais declararam estado de emergência até a manhã deste domingo (18), em consequência de temporais que atingem o estado nos últimos dias. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) já recebeu 42 notificações sobre problemas graves causados pela chuva.

O município de Barra Longa foi o 18º a decretar estado de emergência, depois que o Rio do Carmo transbordou e destruiu pontes e estradas de acesso ao município. Cinco residências foram danificadas e 85 pessoas ficaram desalojadas. Na região metropolitana de Belo Horizonte, durante a madrugada, chuva violenta levou pânico à população de Florestal, a 70 quilômetros da capital. O Ribeirão do Camarão transbordou, 150 casas foram inundadas e 153 famílias foram afetadas, das quais 11 pessoas ficaram desabrigadas. Não houve feridos.

Nas cidades históricas de Mariana e Ouro Preto, também em consequência dos temporais do fim de semana, muitas famílias tiveram que abandonar as casas onde moram, invadidas pelas águas. A situação é pior em Mariana, onde 300 pessoas foram afetadas e o abastecimento de água e de energia elétrica foi cortado.

No município de Acaiaca, a chuva dos últimos dias causou o transbordamento do Rio do Carmo, inundando residências e estabelecimentos comerciais em toda a área do centro da cidade. Ao todo, 159 pessoas estão desalojadas e outras 37 desabrigadas. Acaiaca fica na Zona da Mata, a 154 quilômetros da capital, e tem população de 4.206 habitantes.

O balanço da Defesa Civil, até a tarde deste domingo, registra 459 pessoas desalojadas, 30 desabrigadas, quatro feridas e duas mortas, havendo, ao todo, 21.480 pessoas afetadas em todo o estado pelos temporais e enchentes. Os danos materiais são 1.409 casas danificadas, 38 destruídas, oito pontes danificadas e seis destruídas.

Um dos mortos foi o motociclista Admardo Pereira, de 43 anos, que trafegava por uma estrada do município de Reduto durante um temporal, quando um eucalipto caiu sobre ele. A outra vítima é Poliane Alves de Oliveira, de 27 anos, arrastada pelas águas do Córrego Figueirinha, afluente do Rio Doce, que se elevaram subitamente no município de Governador Valadares.

De acordo com a Defesa Civil de Minas, a zona de convergência do Atlântico Sul permanece atuando sobre a Região Sudeste. Há perspectiva de grande volume de chuva no noroeste. As temperaturas permanecerão estáveis. Choveu, até agora, na capital mineira, 430 milímetros (mm), superando os 320 mm esperados para dezembro. Já choveu 34% acima da média nos primeiros 17 dias do mês.

Carlos Henrique Cruz / Com informações da Defesa Civil MG

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