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Comitê em defesa da vida inicia ações em Manhuaçu

19/06/2012 - Atualizado em 19/06/2012 08h19

Com uma missão desafiadora, um grupo de pessoas preocupado com o número de casos variados, envolvendo principalmente adolescentes está inicia uma nova proposta de ação, para despertar a sociedade e a família para alguns pontos determinantes.

Fundado em novembro do ano passado, o Comitê Municipal de Defesa da Vida conta com a participação de representantes de vários segmentos (profissionais técnicos), que estarão incrementando o projeto, inserindo novas propostas para serem trabalhadas, principalmente aquelas que sejam capazes de atingir o local e público mais conflitante, com os mais variados problemas.

O Comitê Municipal de Defesa da Vida está direcionando as ações para trabalhar a gravidez na adolescência, a fim de mostrar as conseqüências quanto à probabilidade do aumento das intercorrências clínicas de morte materna, bem como os índices maiores de prematuridade,mortalidade neonatal e baixo peso de recém nascidos.

Para isso, o Comitê elaborou um projeto piloto, que recebeu o nome de “Maternidade Legal”, que visa desenvolver ações que sejam consideradas fundamentais, não apenas a dimensão cognitiva, mas também os aspectos subjetivos da adolescência, tanto no contexto da saúde, relações humanas, cultura e direitos humanos.

O projeto pretende criar espaços de diálogo entre os adolescentes, jovens, pais, profissionais da área da educação, saúde, do direito e da comunidade em geral, com vistas a construir respostas com relação à vulnerabilidade às Doenças Sexualmente Transmissíveis, infecção pelo HIV e a AIDS, assim como a gravidez precoce não planejada.  

Surgimento do projeto Maternidade Legal

Com base em dados fornecidos pelo setor de Epidemiologia de Manhuaçu, a distribuição de causas de internações hospitalares por faixa etária mostra  que a gravidez, parto e puerpério em  uma população de 10 a 19 anos estão em um percentual de 50,72%,ou seja, 245 internações nesta faixa etária (adolescentes) no ano de 2009 foram por gravidez.

Por isso, dentro de sua proposta de defesa da vida e visando reduzir o número de adolescentes que engravidam de forma precoce e não desejada, o Comitê de Defesa da Vida  pretende, como marco inicial lançar o seu projeto piloto, a campanha “Maternidade Legal”. O projeto visa desenvolver ações educativas, cujo conteúdo será o de informar aos adolescentes sobre riscos e prejuízos de uma gravidez precoce, bem como sua prevenção e possíveis conseqüências.

Para a diretoria do Comitê, que tem como membros a enfermeira Norma Sueli Braga Valle, Marluce Castro Xavier (representante do Centro de Apoio à Família) e a assistente social, Adriana, há a necessidade de várias ações de conscientização às pessoas, para que estejam buscando mecanismos para um trabalho coeso com as famílias. Segundo a presidente do Comitê Municipal de Defesa da Vida, Norma Sueli Braga Valle o trabalho será focado na prevenção das doenças e, com uma visão voltada para as características das pessoas adoecem e morrem no município de Manhuaçu. “È uma estratégia nova que está sendo iniciada e, o projeto “Maternidade Legal” será fundamental. O comitê vem num momento exato, em que as pessoas estão precisando de orientação”,comenta a presidente Norma Sueli.

Parceria para o fortalecimento

Depois de criado em novembro do ano passado, o Comitê em Defesa da Vida tem realizado reuniões mensais para ampliar as discussões. Na sexta-feira, o encontro contou com a presença de representantes do Conselho Municipal de Educação, que será um aliado para fortalecer as ações, onde nascerá uma nova esperança. A parceria estabelecida será para levar informações nas escolas, junto às famílias, sempre buscando a projeção para esse novo trabalho que surge em Manhuaçu.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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