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UNSP: Justiça determina posse à vencedora das eleições

20/06/2012 - Atualizado em 20/06/2012 14h41

A juíza da 1ª Vara Cível de Manhuaçu, Daniela Bertolini Rosa Coelho, determinou imediata reintegração de posse à chapa vitoriosa nas eleições ocorridas na União Nacional dos Servidores Públicos Civil do Brasil (UNSP), no dia 23 de março. A decisão foi proferida na última sexta-feira (15). Com isso, a professora Maria Aparecida da Silva, mais conhecida como professora Parry, reassume a presidência da sub-sede de Manhuaçu. A informação foi divulgada pelo jornal Diário de Manhuaçu, desta quarta-feira, 20.

A reportagem conversou com Parry e a diretora regional da UNSP, Gláucia Rocha Mendes Dutra. Segundo elas, a decisão da Justiça já era aguardada, uma vez que apenas a sub-sede de Manhuaçu apresentava trâmites judiciais. “As sub-sedes Reduto, Simonésia, São João do Manhuaçu e Alto Caparaó estão funcionando normalmente. Vivemos em um regime democrático e entendemos que há espaço para todos, mas não era assim que imaginávamos tomar posse da diretoria da UNSP. Depois da reintegração, tudo transcorre dentro dos conformes”, comenta Gláucia.

No dia 5 de junho, a assessoria jurídica da UNSP entrou com o pedido junto à Justiça. A juíza analisou o caso e proferiu sentença na última sexta-feira (15). Logo que assumiu o cargo de presidência, Parry anunciou que a diretoria pretende resgatar o valor da entidade e afirma que a “Casa do Servidor” está de portas abertas. “Vamos começar um novo trabalho. Com isso, pretendemos dar ao servidor os direitos que lhe são cabidos”, afirma a professora.

Ainda de acordo com Parry, o primeiro objetivo é colocar ordem na casa e auxiliar os professores municipal, que estão em greve, quanto ás negociações com o poder público. “Representantes da comissão dos professores já nos procuraram ontem e iniciamos diálogo, juntamente com a assessoria jurídica da UNSP. Queremos resolver o impasse, afastando questões políticas deste trâmite”, conclui.

Sobre o futuro, Gláucia anunciou alguns projetos para os servidores. “Contratamos uma assessoria de imprensa para manter a par os sindicalizados sobre todas as ações da entidade. Vamos prestar contas mensalmente de tudo o que acontecer na UNSP. Queremos capacitar o servidor com cursos e palestras também. Além disso, estamos negociando para que crianças de 10 a 14 anos, filhos de servidores, possam ter acesso a escolinha de futebol. A entidade não é da Gláucia ou da Parry, mas sim de todos os servidores”, pontuou.

A nova sede da UNSP fica na rua Desembargador Alonso Starling, 291, Centro. O prédio disponibiliza acesso aos idosos, deficientes físicos e portadores de necessidades especiais, conforme prevê o estatuto da entidade.

ENTENDA O CASO

Uma polêmica envolveu as eleições para a escolha da nova coordenação da União Nacional dos Servidores Públicos Civis do Brasil (UNSP) de Manhuaçu, realizada no dia 23 de março, na antiga sede da entidade. Ao chegar ao local destinado à eleição, os escrutinadores enviados pela Diretoria Executiva Regional (UNSP-DER/MG) de Belo Horizonte encontraram as portas da sede fechadas.

Sem ninguém para receber os responsáveis pelo processo eleitoral, os escrutinadores acionaram a Polícia Militar para arrombar a porta. Para que não houvesse dano ao patrimônio da UNSP de Manhuaçu, um chaveiro foi solicitado e abriu as dependências da sede.

POLÊMICA RECENTE

De acordo com o coordenador de escrutinador na eleição da Diretoria Executiva Regional, Gustavo Simim, “a situação da UNSP de Manhuaçu é muito peculiar e envolve questões políticas da diretoria anterior, que não chamou eleição na data convencional. As eleições deveriam ter sido chamadas antes do dia 28 de outubro de 2010, quando essa data corresponde ao final do mandado letivo da diretoria anterior, que gerenciava e era responsável pela UNSP”.

No dia 29 de outubro do ano passado, foi realizada assembleia geral extraordinária que instituiu uma comissão provisória para que gerenciasse a UNSP. No mesmo ato chamasse, as eleições deveriam ser convocadas no prazo de seis meses. “Essa comissão provisória fez a convocação das eleições, que ocorrem em todas as sub-sedes da UNSP, Manhumirim, Betim, Sete Lagoas e Belo Horizonte. Em todos esses locais estão ocorrendo as votações também. É uma chapa diferenciada, que tem novos integrantes e uma diretoria renovada”, comentou Gustavo.

Ainda de acordo com o advogado, “a comissão provisória, por meio de uma portaria, investiu em uma comissão integrada por três pessoas, para integrarem a comissão eleitoral. Os membros fizeram o regulamento das eleições, todas devidamente publicadas, mas essa comissão eleitoral instituiu, por meio de um regulamento, não só a maneira do procedimento das eleições, mas também quem seriam os responsáveis pela eleição da sub-sede da UNSP em Minas Gerais”.

CHAPA ÚNICA

Ao final da apuração, 31 funcionários públicos compareceram, sendo 30 votos para a homologação da chapa e apenas um voto nulo. A filiada ao Sindicato, Gláucia Rocha Mendes Dutra, explicou que foi feito edital convocando a todos para a eleição em janeiro. Houve um prazo para o registro de chapa, que foi o dia 3 de fevereiro, mas durante o período só compareceu uma chapa.

“Ficamos então com chapa única, outras pessoas não ficaram sabendo ou não quiseram participar. Uma chapa que está sendo feita com muito empenho, na mudança de trabalho, de pensamento, para levar o conhecimento dos servidores a real função do sindicato e do seu papel. Precisamos conscientizar esses servidores da importância de ser sindicalizado, de estar trabalhando para uma busca melhor da categoria”.

A nova coordenadora do UNSP de Manhuaçu é Maria Aparecida da Silva, conhecida como Professora Parry. Ela alega que teve interesse e manifestou a vontade de estar a frente de um trabalho que visa mudança na entidade. “Por ser funcionária pública e perceber que há uma certa carência por parte dos filiados em Manhuaçu, quero representar os interesses dos funcionário público em lazer, saúde, fiscal. Espero desempenhar o papel que é proposto ao Sindicato e que não é feito até hoje aqui em nosso município”, comentou.

A ex-coordenadora da entidade, Carmem de Oliveira Brum, e o membro da comissão provisória Nilton Tavares Elias não compareceram à eleição e não foram encontrados pelos escrutinadores.

Com informações do Diário de Manhuaçu e Foto do Portal Realeza.com

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