Portal Caparaó - Polícia Civil conclui: Aposentada de Simonésia foi queimada viva
Segurança

Polícia Civil conclui: Aposentada de Simonésia foi queimada viva

16/08/2012 - Atualizado em 16/08/2012 07h22

Edinho usava nome falso em Alegria

Até mesmo os policiais mais experientes da Delegacia de Homicídios ficaram estarrecidos, ao lerem o laudo pericial realizado nos restos mortais da aposentada, Maria dos Reis Cruz, 74 anos, residente em Alegria-Simonéisa que foi encontrada em meio aos escombros de uma tulha, que foi incendiada. O crime ocorreu na noite do dia 13 de julho e o corpo encontrado na manhã seguinte.

A cena do crime deixou toda a comunidade estarrecida com a violência e,ao  mesmo tempo revoltada diante da crueldade do assassino.Alguns moradores desconfiaram de um homem que chegou àquela localidade  acerca de um ano e, dois dias depois acabou baleado por um morador de Alegria. O rapaz, conhecido por “Edinho” era rotulado como homem perigoso, oriundo de Ipaba onde havia cometido tentativa de homicídio.

A polícia ainda apurou que no dia em que a tulha pegou fogo, moradores viram Edinho em uma motocicleta, Honda/CG Titan, de cor azul, por volta das 16 horas, próximo ao local dos fatos.

Identidade falsa

Após ter sido internado no Hospital César Leite em Manhuaçu, ele informou que seu nome era Edson Pereira da Silva, 35 anos. Quando foi feita  pesquisa, o sistema mostrou que esse nome não existia. Depois acabou confessando chamar-se Rogério de Andrade do Amaral e, admitiu ter falado o nome falso por haver cometido uma tentativa de homicídio em desfavor de uma mulher no dia 04 de março em Ipaba (Vale do Aço), por que ela não quis manter relações sexuais com ele. A partir daí fugiu para o distrito de Alegria, onde permaneceu até o dia 14 de julho.

Laudo técnico confirma morte cruel

A Delegacia de Homicídios recebeu nessa terça-feira, 14, o laudo técnico, que foi elaborado de forma minuciosa por parte da perícia técnico-científica (B.H), aponta que a vítima foi queimada viva. Segundo o escrivão de polícia, Bruno Spínola o corpo da vítima foi submetido a exame necroscópico, onde ficou comprovado que a aposentada sofreu muito antes de morrer. “O perito atesta que ela foi carbonizada viva, pois, foi encontrado fuligem nas vias áreas e pulmões. Isso demonstra que o autor não teve nenhuma piedade da vítima, trancando-a na tulha e ateando fogo”, frisa o policial.

Com o resultado da necropsia e o laudo pericial, a Polícia Civil encerra o inquérito com a certeza de que Rogério de Andrade do Amaral agiu com requintes de crueldade, sem oferecer nenhuma condição de reação por parte da vítima, para se defender.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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