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Rico é destaque mais uma vez no Jornal da ABI

06/02/2013 - Atualizado em 06/02/2013 14h01

Embora seja um gênio do lápis, a leitura é sua maior aliada. Isso porque seus desenhos sempre procuram trazer informação e reflexão com um toque -- mesmo que não de forma obrigatória -- de humor.

Valfrido Ricardo Martins, o Rico, que tem suas charges publicadas no Jornal O Vale, de Ribeirão Preto (SP) às quartas, sextas e aos sábados, foi considerado pelo segundo ano consecutivo um dos principais cartunistas do país pelo jornal da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), que faz nos meses de janeiro uma retrospectiva das melhores charges do ano anterior. No jornal mais recente, Rico teve cinco de suas artes selecionadas.

“Para mim, é legal, primeiro por ter o trabalho reconhecido por um órgão como a ABI. Outra coisa é que todos os chargistas que participaram da retrospectiva são de renome. É legal fazer parte desse time.”

Nas charges em destaque (quatro estão nesta página), Rico “fala” sobre desmatamento, mensalão, Pinheirinho, CPI faz um sátira com Dilma. Mas Rico diz que nem sempre os desenhos são engraçados.

Eles estão sempre relacionados a assuntos do momento, mas é preciso “pisar em ovos” ao se tratar de temas tristes. Ele cita como exemplo a tragédia de Santa Maria – incêndio na boate Kiss, que matou mais de 230 jovens -- que não podia ficar de fora. Para retratar o assunto, Rico desenhou uma pessoa com os braços abertos, chorando, vestindo uma camiseta coma bandeira do Brasil. Mas, no lugar do círculo azul, um coração vazio.

A charge foi publicada no dia 30 de janeiro.

“Uns pensam que charge é só humor. Mas é também para falar sério, refletir”, ressalta.
O profissional. Rico mora em Manhuaçu, em Minas Gerais. Ele, que tem 35 anos e trabalha há 23 como cartunista, afirma que é preciso muito amor pela profissão para trabalhar na área.

Rico lembra que não existe uma escola formal para chargistas. “É uma escola de erros e acertos. Creio que se demora um pouco mais para ficar bom na área”, afirma.

E o erro ou o acerto é sempre muito exposto -- quando se erra, geralmente, o cartunista é bastante martirizado. Rico diz que nunca foi censurado, mas admite que já pode “ter pisado no acelerador um pouco demais”.

Mas qual é a melhor charge dele? “A que eu ainda vou fazer”, responde.

Flávia Marreira – São José dos Campos – O Vale

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